Felipe, o Belo, rei da França,
junto com o Papa Clemente, dizimaram a fogo todos os templários que
puderam e confiscaram todos os seus bens; e que houve um êxodo de
templários para Portugal, Inglaterra, Irlanda etc.
Com a chegada dos templários em
Portugal em 1307, D.Diniz os recebeu e funda a "Ordem de Cristo! Que
recebeu em 1416 D. Infante de Sagres como grão-mestre. Conforme havíamos
dito, os templários tinham os segredos da arquitetura e construíram
prédios góticos. Também possuíam segredos de navegação e
astronomia.
Parecia loucura para os
europeus circunavegar a África e chegar às Índias, onde chegou via Coluna
de Hércules às Américas, terra de Ofir, as naus Fenícias entre outras,
séculos antes de Cristo.
Não havia conhecimento sobre
navegar o hemisfério Sul, porque só o céu do Norte havia sido mapeado.
Acreditava-se também que, no sul, os mares eram repletos de monstros
terríveis.
De onde teria vindo a
informação de que era possível encontrar um novo caminho para o
Oriente?
Possivelmente dos templários
que, durante as cruzadas, além de se especializarem no transporte marítimo
de peregrinos para a Terra Santa, mantiveram intenso contato com os
viajantes de toda a Ásia e segredos marítimos da Ordem do qual pertencia o
rei Salomão.
Alguns historiadores
tradicionais informam que a América foi visitada regularmente por Vikings
e na época pré-cristã por egípcios, gregos, fenícios, cartagineses e
celtas. Todas essas informações haviam sido catalogadas e guardadas por
ocultistas famosos desde a época de Salomão, e isto é o mais longe que
sabemos.
Fontes como a mitologia
clássica, lendas indígenas e folclores marítimos sugerem estas visitas.
Antes de Colombo, informa-se que o príncipe Henry Sinclair, cavaleiro do
Templo de Salomão. Esses mesmos cavaleiros templários serviram de base
para a Franco-Maçonaria Escocesa que herdaram seus segredos e mistérios.
(Vide nosso site sobre os
Fenícios na construção do Templo de Salomão)
A proposta visionária recebeu o
aval do Papa MartinhoV, em 1418, na bula Sane Charissimus.
As terras tomada dos "infiéis"
passariam à Ordem de Cristo, que teria sobre elas tanto o poder temporal,
de administração civil, quanto o espiritual, isto é, o controle religioso
e a cobrança de impostos eclesiásticos.
Em 1498, o cavaleiro Vasco da
Gama conseguiria chegar às Índias. D. Henrique morreu em 1460, não
assistindo portanto o seu triunfo.
E Portugal ia se tornando a
maior potência marítima da terra.
A Escola de Sagres foi uma
lenda criada por poetas românticos portugueses do século XIX. Na verdade,
foi do porto de Lagos , no Sudoeste de Portugal que a Ordem de Cristo ,
liderada por D. Henrique deflagrou a expansão marítima do século
XV.
A Ordem de Cristo, sendo
prosseguimento da Ordem dos Templários tinham normas secretas e só
conhecidas na totalidade pelo grão-mestre, podendo assim Ter interesses
próprios. Ao entrar na companhia, o novato conhecia só uma parte das
regras que o guiavam e, a medida em que era promovido, sempre em
batalha, tinha acesso a mais conhecimento, reservados aos graus
hierárquicos superiores. Rituais de iniciação marcavam as promoções. Foi
essa estrutura que permitiu, mais tarde, à Ordem de Cristo manter secreto
os conhecimentos de navegação do Atlântico.
Usavam a cruz vermelha em fundo
branco nas naus portuguesas; a mesma que a Ordem dos Templários usavam.
O castelo de Tomar virou a
caixa-forte dos segredos que a inquisição não conseguiu arrancar. Até a
metade do século XV, os cavaleiros saíram na frente sem esperar pelo
Estado Português. Uma vez anunciada a colonização, eventualmente doavam à
família real o domínio material dos territórios, mantendo o controle
espiritual. A corte, interessada em promover o desenvolvimento da produção
de riquezas e do comércio , cabia então consolidar a posse do que havia
sido descoberto.
Em 1550, o rei D. João III fez
o Papa Julio III fundir as duas instituições. Com isso, o grão-mestre
passa a ser sempre o rei de Portugal, e o seu filho tem direito de
sucedê-lo também no comando das expedições.
Os templários tinham em suas
mãos relatórios reservados de navegadores que já haviam percorrido regiões
desconhecidas e ver preciosidades como as tábuas de declinação magnética,
que permitiam calcular a diferença entre o pólo norte verdadeiro e pólo norte magnético
que aparecia nas bússolas. E à medida que as conquistas avançavam no Atlântico , eram feitos
novos mapas de navegação astronômica, que forneciam orientação pelas estrelas do hemisfério sul, a que
também unicamente os iniciados tinham acesso.
Todos sabem que Cabral só
esteve no comando da esquadra porque era cavaleiro da Ordem de Cristo e
como tal , tinha duas missões: criar uma feitoria na Índia e , no caminho
, tomar posse de uma terra já conhecida Brasil. Sua presença era
indispensável pois só a Ordem de Cristo , herdeira da Ordem dos Templários
tinha autorização para ocupar os territórios tomados dos infiéis.
Mas o sucesso atraía a
competição. A Espanha, tradicional adversária, também fazia política no
Vaticano para minar os monopólios da Ordem , em ação combinada com seu
crescente poderio militar.
Em 1480, depois de vencer
Portugal numa guerra de dois anos na fronteira, os reis Fernando e Isabel,
começaram a interessar-se pelas terras de além mar. Com a viagem vitoriosa
de Colombo à América, em 1492, o Papa Alexandre VI, um espanhol de
Valência, reconheceu em duas bulas, a Inter Caetera, o direito de posse
dos espanhóis sobre o que o navegante genovês havia descoberto e rejeitou
as reclamações de D. João II de que as novas terras pertenciam a Portugal.
O rei não se conformou e
ameaçou com outra guerra. A controvérsia induziu os dois países a
negociarem , frente a frente, na Espanha, em 1494, um tratado para dividir
o vasto novo mundo que todos pressentiam: "O Tratado de
Tordesilhas".
Na volta da viagem à América,
em 1493, Cristóvão Colombo fez uma escala em Lisboa para visitar o rei D.
João II, um gesto corajoso. O soberano estava dividido entre dois
conselhos: prender o Genovês ou reclamar direitos sobre as terras
descobertas.
Para a sorte de Colombo decidiu
pela Segunda alternativa. Como a reivindicação não foi atendida acabou
sendo obrigado a enviar os melhores cartógrafos e navegadores da Ordem de
Cristo, liderados pelo ex-presidente Duarte Pacheco Pereira, a Tordesilhas
, na Espanha, para tentar um tratado definitivo, mediado pelo Vaticano,
com os espanhóis. Apesar de toda a contestação a seus atos, a santa Sé
ainda era o único poder transnacional na Europa do século XV. Só ela podia
mediar e legitimar negociações entre países.
O cronista espanhol das
negociações, Frei Bartolomeu de Las Casas, invejou a competência da missão
portuguesa. No livro "História de Las Índias", escreveu:
"No que julguei, tinham os
portugueses mais perícia e mais experiência daquelas artes, ao menos das
coisas do mar que as nossas gentes". Sem a menor dúvida, era a vantagem
dada pela estrutura secreta da Ordem.
Portugal saiu-se bem no acordo.
Pelas bulas Inter Caetera, os espanhóis tinham direito às terras situadas
mais de 100 léguas a Oeste e Sul da Ilha dos Açores e Cabo Verde. Pelo
acordo de Tordesilhas, a linha divisória e imaginária , que ia do pólo norte ao
pólo sul, foi esticada para 370 léguas, reservando tudo que
estivesse a leste desse limite para os portugueses.
"trechos extraídos de Jorge
Caldeira, da revista Super Interessante, ano: 12 - n° 2 - fev 98."
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