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SUBMISSÃO VERSUS LIBERDADE

 

A submissão ou obediência, ao lado do silêncio e da solidariedade, é uma das obrigações do Aprendiz para com a instituição maçônica, dele exigida já no cerimonial de Iniciação.

Por outro lado, para seu ingresso à Ordem, exige-se ser ele "livre e de bons costumes".

Para muitos Aprendizes, submissão e liberdade são condições antagônicas, uma excluindo a outra.

Por mais paradoxal que pareça, em um sentido dialético, as duas só podem existir a partir de uma interação mútua.

Já Cícero afirmava "Legum omnes servi sumus, ut liberi esse possimus" (Somos todos escravos das leis, para que possamos ser livres).

De fato, a Lei é a maior autoridade de que dispõe o homem para ser livre. A submissão às leis impostas pela Maçonaria decorre de uma atitude livremente escolhida pelo Maçom. Ele se submete a elas, não como a algo a que está preso, a um peso que tem de suportar, mas como a um valor ligado a uma opção consciente, a um ato de liberdade.

Vocês se tornaram Maçons em resultado de uma decisão pessoal, livre, e não porque sejam robotizados. De fato, aceitamos as leis maçônicas, não porque nos curvamos diante de ordens arbitrárias, mas porque decidimos com toda liberdade o que pretendemos fazer de nossas vidas, na busca da "Luz que vem do Oriente", e a submissão à ordem, à disciplina, aos princípios da Instituição é necessária, em vista dos valores morais e espirituais que desejamos alcançar.

A submissão é uma opção que fazemos por nós mesmos, em pleno exercício da liberdade.

Da mesma forma, quando no "telhamento" se diz venho submeter minha vontade, isso não significa que a Maçonaria vai me tornar amorfo, abúlico ou manipulável.Temos de entender o sentido integral da frase, que, infelizmente, ficou mutilada nos Rituais modernos: venho submeter minha vontade aos meus deveres.

Isso nos dá oportunidade de discutir a questão dos "direitos" de cada um.

Na verdade "ninguém tem outro direito que não seja o de cumprir com o seu dever", resultando, portanto, os direitos de cada um dos deveres dos outros para com ele e vice-versa.

A liberdade de pensamento
Como colorário da concepção de direito assinalada, surge a questão da liberdade de pensamento, de consciência ou espiritual, princípio basilar da Maçonaria.

Batemo-nos intensamente por sua garantia, no sentido de não coagir quem quer que seja a seguir qualquer ideologia ou doutrina, bem com o de não se impedir que manifeste, de forma pacífica, seu pensamento ou modo de sentir.

Aspecto diferente, contudo, é permitir-se que, em nome da "liberdade", advenha a liberação de atos violentos ou destrutivos, sectários ou difamatórios contra pessoas ou instituições.

Por serem nossos direitos fundados em nossos deveres, só podem aqueles existir nos limites destes. Não há direito sem tal condição, não havendo, igualmente, liberdade sem limites.

Cada homem não existe somente para si, mas, antes de tudo, para a Humanidade, cujo bem estar devemos promover.

Se a liberdade é um direito sagrado, pelo qual lutamos, pertence ela a toda Humanidade e o direito de cada um submete-se ao direito dos demais. O que é sagrado para um é sagrado para todos!

No mesmo sentido deve ser considerada a tolerância maçônica, subordinando-se sempre a individualidade à sociabilidade.

José Cássio Simões Vieira
Mestre Instalado da ARLS Theobaldo Varoli Filho

 

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