Muitos que tenho encontrado por
esta jornada da vida, dizem que não têm condições financeiras,
sociais ou intelectuais para alcançar os seus objetivos. Costumo
contar-lhes a história de Moisés, o homem que mudou o destino da
humanidade, usando o seu cajado e a sua fé em Deus.
Moisés tinha 80 anos, era Pastor de ovelhas, e
estava refugiado no deserto, porque matara um egípcio; quando Deus
apareceu numa planta ardente e o convida para libertar os hebreus do
julgo do Faraó.
Ele colocou muitos obstáculos para Deus agir em sua
vida. Diante de tanta teimosia, Deus pergunta o que ele tinha em mãos,
responde que é uma vara. Deus ordena que a jogue no chão,
imediatamente ela se transforma em uma cobra.
Deus, mais uma vez, ordena que a pegue pelo rabo;
como pegar uma cobra pelo rabo, se nem os especialistas do Butantã
fazem tamanha loucura, geralmente pega-se pela cabeça? Num ato de
coragem pega a cobra e, imediatamente, volta a ser a sua vara de Pastor
de ovelhas.
Daquele dia em diante, Moisés foi outro homem. Com
aquela simples vara, derrotou as serpentes dos mágicos do Faraó, abriu
o Mar Vermelho, fez brotar água na rocha. O resto da história você já
sabe. O que o velho Moisés tem a ver conosco? Tudo. Geralmente,
colocamos uma série de desculpas para explicar o nosso comodismo,
sempre faltando isto ou aquilo para alcançarmos o sucesso desejado.
Normalmente, o culpado é o outro, nunca somos os culpados.
Adoramos de "chorar as mágoas" em vez de
contar o sucesso.
Gostamos de estar com fracassados, porque nos
sentimos iguais.
Solitários, fazemos parte de uma nação que será
"o país do futuro", mas quando?
É hora de ver o que temos em mãos, não importa a
idade, a profissão, a raça, o grau de escolaridade ou a situação
financeira.
Com a nossa força construiremos um país melhor e
mais justo. Sacudamos a poeira da fracassomania, das lamentações e
encaremos o presente com determinação dos vencedores.
Vivemos na terceira maior cidade do mundo, somos o país
mais rico e poderoso da América Latina, já é o momento de fazermos a
diferença em nossa geração. Além de sermos tudo isso, estamos
passando por um processo de mudanças sociais, com denúncias de fiscais
e vereadores corruptos, a prisão de políticos e policiais envolvidos
com o crime organizado, nunca em toda a nossa história tivemos tantas
chances de mudanças.
Para fazer a diferença na sociedade não é preciso
ter diploma, dinheiro, posição social, ser artista ou político; basta
apenas desafiar o comodismo que encontraremos em outras pessoas que também
farão o mesmo. O difícil é começar. A exemplo de Moisés, o que
temos em nossas mãos?
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