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AS LUVAS BRANCAS

 

Mergulhando na lembrança da cerimônia iniciática de ingresso na Ordem, evoco a emoção do neófito, já revestido de seu avental, quando ouve do Venerável Mestre: “Essas luvas são o símbolo da vossa admissão no Templo da Virtude e indicam, pela sua brancura, que nunca deveis manchá-las, indenes as vossas mãos, das águas lodosas do vício”. Entregando um segundo par de luvas, agora de mulher, exclama: “estas são destinadas àquela que mais direito tiver à vossa estima e ao vosso afeto”.

Momento de verdadeira excitação interior. O primeiro impulso é sair correndo, disparado, ao encontro da mulher amada para lhe entregar “as luvas brancas”, símbolo do amor e do carinho da maçonaria para com a mulher.

Mas estamos na execução de um ato cerimonial e é preciso “vencer as paixões”, “submeter a vontade”, procurar um equilíbrio no Eu interior, que dê a este evento a mais alta relevância. Contenhamos-nos todos. Vamos entregá-las no banquete social que se realizará logo após. E assim foi feito.

As explicações se seguem: o uso das luvas é antiqüíssimo, crendo alguns que remonta ao tempo das cavernas. Homero fala de luvas nos seus poemas. Xenofonte diz que os Persas usavam luvas. Existe no Museu do Cairo uma luva de tapeçaria de linho, com cadarço de abotoamento no pulso, encontrada na tumba do jovem rei egípcio Tutankihamon. Na idade média os dignitários eclesiásticos, o Papa, os cardeais, os bispos, usavam luvas para os atos litúrgicos. Nas missas, os celebrantes usavam luvas com as cores litúrgicas do dia.

A Maçonaria Operativa adotou o costume do uso das luvas e seus pedreiros as usavam para não ferirem as mãos nos trabalhos, ato que se estendeu até os dias de hoje, como representação simbólica de proteção das mãos contra as impurezas morais.

E ao oferecer luvas à mulher, a maçonaria ratifica, como um puro ato de amor, a candura que deve reinar no coração de seus adeptos; lembra, com isso, o sentimento do dever, ilibada conduta moral, o respeito a dignidade humana, o espírito de fraternidade. Levantar templos à virtude’ cavar masmorras ao vício.

Para a mulher, essencialmente, as luvas querem significar urna distinção à pureza moral, à honestidade, à lealdade ao companheiro que as ofertou como um preito às suas virtudes.

O fato de o homem só passar uma única vez, em vida, pelo cerimonial iniciático, reveste-o da maior beleza espiritual: a mulher escolhida é a única digna de tal distinção, porque maçonicamente jamais ele terá a oportunidade de ofertar outro par de luvas brancas, a qualquer outra mulher, nestas circunstâncias.

As luvas orientam a busca da verdade pela via da fé e da razão.

Paradoxalmente, é uma referência temporal e espiritual.

Quando por qualquer motivo o sentimento humano atingir uma situação limite frente a um insucesso, que as luvas brancas evoquem as excelências morais, a retidão, a honradez e, sobretudo, o amor...

“Ao lado de todo grande homem há sempre uma grande mulher”.

Que na força do simbolismo do ofertório das luvas brancas, cresça nos homens e mulheres de boa vontade, um trabalho vivo e fecundo, “Ad Universi Terrarum Orbis Summi Architecti Gloriam".

Ir.·. Valfredo Melo e Souza
 

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