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A HUMANIDADE I

 

Para levar a cabo suas tarefas de Obreiro Social, construindo o Templo da Humanidade, muitas qualidades são esperadas do Maçom, haja vista a lealdade, a disponibilidade afetiva, a honradez, a confiabilidade, a franqueza, a coragem, a solidariedade etc. Dentre todas, no entanto, avulta a humildade, o que já fica patenteado, quando se indaga de alguém, na forma de praxe, se ele é Maçom.

A única resposta que um verdadeiro Maçom pode dar àquela pergunta, como já lhes foi ensinado, é MICTMR. De fato, ele jamais poderá afirmar-se como tal em seu próprio nome, na primeira pessoa.

Lembrando-se da grandiosidade de seu trabalho, dos numerosos deveres que lhe impõe sua qualidade de Operário da Arte Real, particularmente o desbaste da Pedra Bruta, afirma o reconhecimento de sua condição por parte de seus Irmãos. Deixa, portanto, subentendido que ele, pessoalmente, não ousaria fazer tal declaração, testemunhando sua humildade.

No próprio momento da sua Iniciação, como vimos na comunicação anterior, a forma como o iniciando é conduzido ao interior do Templo dá sinais visíveis de sua postura humilde.

O significado do termo
Humildade vem de humus, chão, em latim. Etimologicamente, refere-se ao fato de se estar "rente com a terra", "de pé no chão".

Assim, a pessoa humilde é aquela que avalia corretamente suas realidades, reconhecendo seus valores "terra a terra", sem fazer disso, portanto, motivo para se jactar, para se colocar acima dos demais. E, na verdade, coloca-se de igual a igual conosco, sem máscaras ou artificialismos, com simplicidade e transparência. Não tenta "parecer". É o que é, nada tendo a esconder. Convida-nos a estar à vontade e a compartilhar com ela nossas emoções, permitindo, também, que discordemos dela, sem se ofender ou nos rebaixar.

Posição Existencial
Adotando um estilo de vida realista, desprovido, portanto, de arrogância, quem tem humildade aceita seus aspectos negativos como parte das limitações naturais do ser humano, sem culpar quem quer que seja por isso, mas também sem se rebaixar ou depreciar. Dá o melhor de si para superar-se, para minorar, dentro do possível, suas insuficiências e corrigir suas falhas. Aprende mais de seus próprios erros do que de seus sucessos.

Em relação a seus aspectos positivos, aceita-os com naturalidade, sem valer-se deles para depreciar ou desconsiderar os demais. O mesmo faz no que tange às suas realizações.

Não sofre dessa doença perniciosa chamada importantite.

Considera, igualmente, naturais os aspectos positivos e negativos das outras pessoas, não se colocando em posição inferior ou superior a elas por tais razões.

Sua atitude geral perante a vida é "ir para a frente", crescer, progredir junto com os demais, dentro de um vínculo de confiança e otimismo, entendimento e colaboração. Não expulsa os demais de sua vida, nem passa por cima deles ou os usa como escada para se projetar.

Ser humilde não é humilhar-se
Pelo fato de a humildade nos dar consciência de nossas limitações e imperfeições naturais, não quer dizer que tenhamos de nos rastejar diante dos outros, colocando-nos como pessoas desvalidas, vivendo abaixo de nossas possibilidades reais, assumindo condutas autodepreciativas ou autodestrutivas, desqualificando nossos próprios valores como pessoa.

Da mesma forma, a simplicidade das pessoas humildes não as tornam simplórias, como as pessoas ingênuas ou tolas.

A consciência de tais limitações servirá, antes de tudo, para permitir o emprego adequado de nossa capacidade e para ampliá-la ainda mais. A pessoa que não se dá conta de suas limitações jamais poderá evoluir.

O "bom-mocismo"
A humildade não exige que a pessoa seja um "moço bonzinho" ou, pior ainda, um "moço bombonzinho", que está no mundo para contentar a todos ou viver de acordo com as expectativas dos demais, desqualificando suas próprias necessidades.

A pessoa humilde é ela mesma, assumindo-se como tal, inclusive com suas próprias expectativas de, construtivamente, participar do crescimento das pessoas com quem convive.

O amor que ela dá aos demais é um ato de sua liberdade e não uma compulsão indiscriminada a estar "sempre agradando a todos". A bondade e o respeito que ela tem pelos semelhantes não a impede de ter auto-respeito, autoconsideração, auto-estima e autovalorização. Aliás, assim procedendo para consigo mesma, mais condições terá para amar o outro. O "sim" que ela dá às pessoas, só terá valor se ela souber dizer "não", quando necessário.

Humildade não significa por de lado a própria autonomia, nem deixar de se fazer respeitar ou defender os próprios direitos.

Falsa humildade
Há o caso daquele indivíduo que se vangloriava ostentativamente: "Em matéria de humildade, duvido que haja quem me supere..."

Assim, o orgulho e a vaidade desmedidos, a necessidade de se ostentar mais do que se é, podem estar mascarados por uma falsa humildade, que nada mais faz do que encobrir a empáfia, a arrogância e a presunção.

Esse "virtuosismo", quer dizer, essa habilidade de interpretar um papel, sem nenhuma ressonância afetiva, nada tem a ver com a humildade que se espera do Maçom, embasada, antes de tudo, na sua capacidade de amar.

Antes de seu ingresso à Ordem, seu sindicante, com certeza, há de ter avaliado esses traços de personalidade.

José Cássio Simões Vieira
Mestre Instalado da ARLS Theobaldo Varoli Filho

 

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