Ao final da sessão o venerável Pai
mestre chama a todos os irmãos para que, reunidos ao centro da Venda, formem a
Cadeia de União.
Com o passar dos tempos, a maçonaria foi adotando e reunindo
influências e comportamentos de todos os tipos, desde de outros ritos, religiões
e instituições. Muitos autores afirmam que a Cadeia de União foi idealizada
para a transmissão da Palavra Semestral e tão somente isto, já outros dizem
que este momento de união é para um enlevo espiritual único onde são
proferidas orações, pedidos de iluminação ao Sagrado Mestre do Universo. A
maçonaria é um verdadeiro púlpito para a expressão de idéias diferentes,
pois somos "livres" nas ações e nas palavras. Portanto deveremos ter
a sensibilidade para absorvermos o que a nossa razão permite. A cadeia de união
é formada no centro do Templo, composta de elos humanos exatamente iguais,
representando os espíritos maçônicos unidos pela solidariedade de idéias e
pela comunhão de sentimentos e aspirações. Nesta corrente não há elos mais
fortes ou mais fracos.
No Rito Escocês Antigo e Aceito, o Venerável Mestre ocupa o
lado mais oriental da Cadeia, tendo à sua direita, o Orador e à sua esquerda,
o Secretário. O Mestre de Cerimônias ocupará o lado mais ocidental bem à
frente do Venerável Mestre, tendo à sua esquerda o 1º Vigilante e, à sua
direita o 2º Vigilante. Os demais Irmãos do quadro comporão a Cadeia de
acordo com o seu lugar em Loja. Para a transmissão da palavra o Venerável a
diz, em voz baixa, na orelha esquerda do irmão que está a sua direita, e na
orelha direita do irmão que está a sua esquerda, daí a palavra circulará
pelos dois lados, sendo recebida pelo irmão Mestre de Cerimônias, em ambas as
orelhas, ocasião em que este oficial irá levar, ao Venerável Mestre, as
palavras recebidas, dizendo na orelha direita a palavra recebida pelo lado
direito e na orelha esquerda a palavra correspondente a esse lado.
Se a palavra estiver incorreta, o processo será repetido. Se
estiver correta, o Venerável Mestre dirá simplesmente: "Meus Irmãos, a
palavra está correta, guardemo-la no mais profundo silêncio, e divulguemo-la só
em Loja Regular e da referida Potência Maçônica. (É uma característica que
cada Potência possua sua Palavra Semestral, que serve para identificar Irmãos
de mesma Potência). Após isto, o Venerável desfaz a Cadeia de União e
solicita aos Irmãos que se retirem em paz.
No Rito Schroeder e no Rito Carbonário, a Cadeia de União
é obrigatória após o término dos trabalhos.
Outra forma de utilização da Cadeia de União é para um
procedimento exotérico, onde é feita como forma de canalizar uma idéia-força,
não uma oração formatada, mas um rogo objetivo e único, onde deve haver a
harmonia e aceitação de todos os Irmãos presentes; os que não comungarem
deste procedimento não devem integrar uma Cadeia de União, pois a sua falta de
credulidade irá enfraquecer o elo necessário desta "Corrente de
Pensamento Positivo". O ambiente deve estar propício, com música de
fundo, iluminação fraca, incensos e principalmente a concentração de todos
os presentes.
No Rito
Adonhiramita, a Cadeia de União é realizada antes do fech.·. da Of.·. com o
Liv.·. da L.·. ainda aberto. Para tanto, o Venerável Mestre, ao iniciar a
Sessão, já comunica a realização dessa, determinando apenas um objetivo ou
apenas um rogo; não é prudente a diversificação de objetivos, pois, embora
possuamos uma força mental, ao dividi-la em vários pedidos, estaremos
enfraquecendo-a e possivelmente diminuindo a sua eficácia. Ao unirmos nossas mãos
e pés para formarmos a Cadeia de União, e antes de liberarmos a nossa
"Força Motriz" ou "Força do Pensamento", deveremos estar
todos sintonizados no mesmo objetivo e ao mesmo tempo, podendo em alguns casos
fazer com que todos respirem no mesmo compasso. Se acreditarmos no seu efeito,
se desejarmos o seu resultado e soubermos realizar uma Cadeia de União, esta
funcionará perfeitamente, pois não deveremos nos esquecer que, ao estarmos
unidos em Venda, estaremos representando o Cosmos, a Fraternidade Mundial e a
emanação, energias positivas que só tenderão a melhorar o nosso ambiente e a
aumentar a nossa vibração pessoal.
B.·.Pr.·. Moreira
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