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NÃO AO ÁLCOOL NA FERIDA

 

Apesar de se afirmar que para ferimentos, principalmente picadas de animais peçonhentos, ou infectantes, objetos infectados... álcool é bom...nem toda a “crença da vovó, a sabedoria popular é apoiada pelo profissional de saúde.

O que arde cura.. o que aperta segura... assopro alivia...

....Não ao álcool e água oxigenada nas feridas (embora eu particularmente tenho me informado com profissionais que água oxigenada é um ótimo produto para higienização de ferimentos, mucosas, etc... uso até para manchas de roupa).


Ainda que se utilize muito no dia a dia o álcool e a água oxigenada para limpar feridas, oficialmente, desaconselha-se o seu uso. Em vez disso recomenda-se a aplicação de água e sabão e outros produtos mais tolerantes com os tecidos afetados.

Em toda a sociedade que se preze há sempre uma série de tradições sanitárias que se baseiam no costume e no imaginário.

Tradições que surgem pela falta de informação e por falsas crenças. Uma das crenças mais arraigadas da nossa sociedade é a célebre máxima, e não menos típica frase da avó, "o que arde, cura".

E assim, à base de "ai ai" e umas quantas "sopradelas" o álcool e a água oxigenada foram e continuam a ser os reis das feridas abertas na vida quotidiana, chegando mesmo a ter o seu momento de glória no âmbito médico. Glória, felizmente, passageira.

Quem não sofreu já o arder do álcool numa ferida recente? Quem não ficou com uma ferida vermelha e simplória transformada num pedaço de tecido espumante esbranquiçado depois de lhe deitar água oxigenada? Estas substâncias estiveram de tal forma unidas à nossa vida que quase poderíamos dizer que quem não as conheceu e com elas sofreu, não teve infância.

Venho aqui derrubar um mito (ou pelo menos tentar): a utilidade do álcool e da água oxigenada não só não é tão eficaz como se pensa, mas pode ser prejudicial e, oficialmente, o seu uso está desaconselhado em feridas abertas. Há alternativas muito mais eficazes.

Tanto o álcool como a água oxigenada são bons desinfetantes. Isto é, são capazes de eliminar uma boa percentagem de microorganismos (bactérias, vírus, fungos...) sobre superfícies, pele intacta e objetos.

Não são sequer produtos de "primeira categoria" quanto ao seu poder desinfetante apesar de possuírem uma eficácia considerável. É por esta razão que o álcool se utiliza em hospitais e centros de saúde para limpar a pele intacta antes de, por exemplo, picar para extrair sangue.

Mas, mesmo que sejam bons desinfetantes não são bons anticépticos. Isto é, não são eficazes na eliminação de germes sobre tecidos vivos especialmente em feridas e mucosas.

Isto deve-se a um mecanismo químico que os inativa, em grande medida, ao contato com tecidos vivos.

Daqui resulta que desinfetam à superfície mas muito pouco ou nada em profundidade. E não só isso, são muito pouco específicos. Não distinguem entre germes e células dos tecidos da ferida, agredindo a ambos por igual. É por isso que ardem.

Estes são os principais contras de cada um:

• Álcool - Dor. Irritação e agressão dos tecidos. Atraso da cicatrização. Produz pouco efeito em tecidos vivos diminuindo a sua eficácia perante germes. Desidrata a ferida e coagula proteínas podendo criar uma película isolante na ferida que favoreça o crescimento de microorganismos que crescem na ausência de oxigênio.

• Água Oxigenada - Dor. Irritação e agressão dos tecidos. Diminui a irrigação sanguínea na zona da ferida. Atraso da cicatrização. Produz pouco efeito em tecidos vivos diminuindo a sua eficácia perante germes.

É precisamente pelas razões apontadas que médicos e enfermeiras não os utilizam para a limpeza de feridas.

A melhor forma de atuar perante uma ferida é, antes de mais nada, a sua limpeza com água abundante e sabão, eliminando as partículas estranhas e posteriormente aplicar anticépticos eficazes que não irritem nem agridam os tecidos.

Entre os mais utilizados encontra-se a povidona iodada, mais conhecida como Betadine (também pode atrasar ligeiramente a cicatrização) ou clorexidina.

De acordo com a zona da ferida assim se aconselha a tapá-la ou não com gaze ou penso. Se está numa zona onde pode contaminar-se facilmente (por exemplo, na palma da mão) recomenda-se que se cubra, mesmo com o pequeno contra de uma cicatrização mais lenta.

E mais nada. Abandone-se desde já a ideia de aplicar água oxigenada/álcool sobre uma ferida viva. Ver estrelas não é sinal de uma limpeza efetiva e se arder, não significa que cure.

Fonte: Júris - Porque a vida não é só Direito.

Ainda:

Porque álcool arde e assopro alivia ?

O álcool faz um ferimento arder porque não tem o mesmo pH que as células do nosso corpo (pH neutro, como a lágrima), logo ao entrar em contato com as terminações nervosas expostas por um ferimento estimula os nociceptores presentes nelas, que desencadeiam a dor. O ato de assoprar estimular um outro tipo de fibras nervosas, que atuam como um portão de regulagem para dor, logo assoprando você estaria causando um estimulo inibitório da dor, e é por isso que alivia. O fato do álcool ser um produto volátil apenas torna os estimulo aos nociceptores mais breve.

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