1. Pesquise sobre dados
referentes ao mundo do paraquedismo
- A altitude dos saltos é cerca de 12 mil pés, o equivalente a aproximadamente 4
mil metros de altura
- A queda livre dura de 30 a 45 segundos
- A velocidade da queda livre é 220 km/h
- A capacidade de peso do paraquedas é de até 300 kg
- O paraquedas leva 4 segundos para abrir
- Para saltar, a idade mínima é de 15 anos
2. Comece com um salto duplo para se familiarizar ao esporte
O salto duplo ou Tandem é a maneira mais simples de vivenciar um salto de
paraquedas. No salto duplo você vai acompanhado de um instrutor; ele é treinado
e qualificado para isso. Para saltar com uma pessoa que está começando, ele
utiliza um equipamento especial e adequado para suportar um peso maior. Antes o
aluno recebe um treinamento rápido de 5 a 10 minutos para conhecer as melhores
posições que o salto exige. O instrutor é responsável por tudo o que envolve o
salto. Não se preocupe que você estará seguro; ele vai mantê-lo fixado em seu
peito durante a queda.
3. Escolha um local próximo e certificado para realizar o salto
No Brasil existem 36 áreas de salto certificadas pela Confederação Brasileira de
Paraquedismo (CBPq).
As áreas mais próximas da cidade de São Paulo são:
- Centro Nacional de Paraquedismo (CNP), em Boituva – 122 km de São Paulo
Endereço: Avenida Industrial, s/n
- Centro Aeroterrestre Skydive, em São Vicente – 70 km de São Paulo
Endereço: Rua Frei Gaspar, 3874
Para quem está na cidade do Rio de Janeiro, veja as áreas mais próximas
- Área de Saltos Skydive Rio, no Bairro da Tijuca, RJ
Endereço: Rachel de Queiroz, s/n. Clube da Aeronáutica
- Barra Jumping, no Bairro da Barra da Tijuca, RJ
Endereço: Aeroporto de Jacarepaguá, Avenida Ayrton Senna, 2541
4. Use roupas confortáveis e tênis
É indicado vestir uma roupa solta para não restringir os movimentos das pernas.
As escolas de paraquedismo fornecem um macacão especial para vestir sobre a
roupa do corpo. É um traje especial para salto que protege o paraquedista da
baixa temperatura, muito comum nas altitudes elevadas. Essa roupa também é
apropriada para fixar o instrutor ao paraquedista de primeira viagem. Ambos
ficam seguros pelos ombros e pernas no equipamento parecido com as cadeirinhas
de escalada. Fique tranquilo em relação à temperatura, a adrenalina é tanta que
você nem vai notar que ela sofre uma queda.
5. Esteja bem alimentado
Coma normalmente, mesmo antes do salto. Eventuais enjôos ocorrem se as pessoas
estão em jejum ou desidratadas. É normal ficar ansioso, mas cuidado para não
afetar o ritmo do seu organismo. Tente deixar a apreensão para o momento do
salto.
6. Preste atenção às instruções antes do salto
Algumas escolas oferecem um suporte para o aluno treinar os movimentos. Por
maior que seja a adrenalina, lembre-se de repeti-los na hora da queda. A
abertura adequada dos braços e das pernas garantem mais estabilidade para o
paraquedista curtir melhor a paisagem.
7. Aproveite o vôo
Quando o avião decola, a adrenalina aumenta e os pensamentos surgem como uma
bomba. Apesar de toda a emoção, aproveite para descontrair; olhar a paisagem
pela janela do avião é uma boa pedida para relaxar. Interaja com as outras
pessoas que farão o salto. Quer saber a melhor técnica para descontrair e
espantar o medo? Dê muita risada. Alivia a ansiedade. Quando se aproximar da
altitude do salto, o instrutor se prende ao seu corpo e o piloto, ou algum
alarme, avisa que chegou a hora do salto.
8. Chega a hora do salto
O instrutor e o aluno ficam juntos e presos entre si por equipamentos. É hora de
se posicionar para saltar. Normalmente, o avião carrega de cinco a 10 duplas. Se
você estiver sentado próximo à porta, prepare-se que você será um dos primeiros
a saltar. Se por um lado é desesperador ser o primeiro, por outro é o fim dos
momentos de ansiedade. É aquele pensamento: se é para saltar que seja logo. A
primeira dupla abre a porta e o vento toma conta do avião, daí para frente é se
concentrar e curtir a adrenalina fluindo pelos nervos. Caso não pule em
primeiro, você assistirá o salto das pessoas. Não se impressione, elas
simplesmente desaparecem no ar.
Relembre o movimento dos braços e das pernas e vá para a porta do avião. Esse
momento talvez seja o ápice do salto; olhe para o solo ou para as nuvens. Quando
o instrutor der o sinal, simplesmente concentre-se e deixe o seu corpo cair.
Pronto, você estará em queda livre.
9. Durante a queda livre
Segundo as leis da física, o corpo em movimento de queda livre atinge sua
velocidade terminal, cerca de 200 km/h –, valor médio de um homem caindo de
barriga para baixo. Logo nos primeiros segundos de queda, você sentirá a
velocidade aumentando e também um friozinho na barriga; a sensação é parecida à
descida de uma montanha russa. A aceleração da queda pode dificultar um pouco a
respiração, mas fique tranquilo que em instantes você se adapta e volta a
respirar normalmente. Durante os 40 segundos da queda, extravase, grite
bastante, fará bem. Você vai notar uma coisa engraçada, não se escuta o próprio
grito. Preste atenção na velocidade em que o solo se aproxima da visão e como a
sensação de “voar” é prazerosa. Quando estiver curtindo o visual, você vai
sentir uma coisa estranha. A adrenalina do salto é tanta que você esquece que o
paraquedas vai abrir, nessa hora acha esquisito o seu corpo sendo puxado para
cima. Dá a impressão de que vai subir de repente, mas com o paraquedas aberto é
só voar até o solo.
10. Vôo e aterrissagem
Apesar do paraquedas aberto, a aventura ainda não acabou. A descida acontece em
torno de 5 minutos e pode ser relaxante ou radical depende de quem está
saltando. Para a descida ser radical, você pode pilotar o paraquedas e o
instrutor fazer curvas rápidas provocando o tal friozinho na barriga. Ao se
aproximar do solo, o instrutor assume o comando e passa as instruções para você.
Normalmente, a orientação é levantar as pernas no momento de atingir o chão; só
o instrutor pisa no solo.
De volta em solo firme, o desafio foi vencido. Mais essa façanha para a sua
história de vida. Não importa se as pernas ficarão tremendo ou se você será
tomado por euforia; o que realmente importa é ter participado dessa loucura. E
tem mais, você vai querer repetir.
Dúvida:
E se o paraquedas não abrir?
Não se preocupe. Os fabricantes de equipamentos para o paraquedismo evoluíram
muito em relação à segurança dos produtos. Falhas e problemas no velame (paraquedas)
são muito raros. Quando acontece algum incidente é por falha humana no manuseio
ou falta de manutenção dos equipamentos. De qualquer maneira, há também o
paraquedas de emergência, que contém um sistema automático de abertura. O
Dispositivo de Abertura Automática do Reserva (DAAs) é um pequeno computador que
monitora constantemente a altitude e ativa o reserva em caso de problemas com o
velame principal.
Apesar do nome “reserva”, os paraquedas reservas recebem ainda mais atenção do
que os principais; são dobrados e inspecionados a cada 120 dias por um dobrador
especialista chamado de rigger e, por isso, estão muito menos propensos a erros
de fabricação e manutenção.
Posso desistir?
Sim. É possível desistir a qualquer momento, seja no avião em terra ou no ar. No
entanto, pense muito antes de tomar essa decisão. O salto de paraquedas
proporciona um sentimento singular e inesquecível. Não seja racional,
simplesmente escute seu instrutor, faça o que ele mandar e se dê o direito de
viver essa experiência. O instrutor é preparado para mostrar a segurança do
salto e tranquilizá-lo. |