Pára-Quedas, Para-Quedas ou Paraquedas?: O novo acordo ortográfico extinguiu o
acento diferencial da forma verbal “para”, terceira pessoa do presente do
indicativo de “parar”. E estabeleceu a grafia sem hífen no caso de “paraquedas” e derivados, como
“paraquedismo” e “paraquedista”. Mas a grafia sem hífen vale apenas para a família “paraquedas”.
Nos demais compostos com “para”, o hífen foi preservado: para-brisa, para-choque,
para-lama, para-raios.
Curiosidade:
A palavra “paraquedas” vem do prefixo francês “paracete”, originalmente do
grego, significando para proteger contra, e do substantivo “chute”, a palavra
francesa para “queda”, e foi cunhada originalmente como palavra híbrida, que
significava literalmente “aquele que protege contra uma queda”, pelo aeronauta
francês François Blanchard (1753-1809) em 1785. Os paraquedas é o objeto mais importante e eficaz na prática do paraquedismo.
Ele é o responsável principal pela aterragem segura de todos os paraquedistas e
possibilita a navegação tranquila por entre os céus.
Saiba quais são os tipos de paraquedas existentes no paraquedismo e saiba como a
sua evolução foi benéfica para todas as modalidades deste desporto radical.
O paraquedismo já há muito que deixou de estar confinado à esfera defensiva e
militar de um determinado país ou governo. Hoje, é um dos desportos mais
radicais e emocionantes e encontra-se acessível a todos os praticantes.
Existem dois tipos principais de paraquedas no paraquedismo: os paraquedas
redondos em forma de cogumelo e os retangulares, do tipo Asa.
Os paraquedas redondos em forma de cogumelo
Os paraquedas redondos e em forma de cogumelo são aqueles que, na maioria dos
casos, são utilizados para fins militares, de emergência ou aplicação de carga.
Estes paraquedas são inconfundíveis graças ao seu velame arredondado, pelos seus
gomos em forma de triângulo e pelo fato de não poderem ser manobrados quer à
esquerda ou à direita, o que impossibilita a escolha do melhor local para
aterrar.
No início do século XX, o paraquedas redondo começou a ser utilizado para
proteger os tripulantes de aviões militares durante a Primeira Guerra Mundial
(1914-1918). Anos mais tarde, em plena Segunda Guerra Mundial (1939-1945), os
paraquedas foram desenvolvidos para o lançamento de homens ou mantimentos num
ponto estático, por exemplo, atrás das linhas defensivas do inimigo, o que
constituía uma vantagem gigantesca.
Estes paraquedas apresentam um furo no topo superior do velame de forma a sair o
ar interior e a reduzir as oscilações da queda. Depois de estarem em plena
queda, os paraquedistas ou as mercadorias descem numa posição vertical e são
colocados de forma estratégica no terreno. Quanto mais vertical for a queda,
menor a possibilidade de haver alguma colisão no ar.
Neste período, o paraquedismo estava intimamente ligado a ações militares e a
uma estratégia de combate ofensiva e o paraquedas redondo em forma de cogumelo
era uma das armas que possibilitava o ataque.
Os paraquedas retangulares ou do tipo Asa
Os paraquedas retangulares ou do tipo asa são os paraquedas que são utilizados
atualmente no paraquedismo, e também no parapente.
Na década de 70, deu-se a passagem do paraquedismo exclusivamente militar para
um desporto radical de massas e isso fez com que o modelo de construção dos
paraquedas se alterasse. A partir dos paraquedas redondos, como o T-10 e T-U,
foram desenvolvidos os velames conhecidos por Papillon e Pára-Commander. De
redondos e estáticos, passaram a ser retangulares e dinâmicos e assemelham-se às
asas de um avião.
Trata-se de um paraquedas em forma de aerofólio. Os aerofólios consistem em duas
camadas de nylon, ligadas a duas paredes de tecido que formam as células.
Estas células são preenchidas por ar pressurizado que entra pelas aberturas que
se encontram na frente do velame, o que vai inflar o paraquedas e fazer com que
a velocidade e direção sejam controladas como um parapente (paraglider). Atualmente, os paraquedas retangulares são mais que um meio de transporte
vertical, eles são autênticas asas de voo e são totalmente dirigíveis pelos
paraquedistas.
Quando este paraquedas se encontra aberto, os gomos enchem-se de ar e
possibilitam a elaboração de um movimento horizontal que faz com que o
paraquedista possa escolher - com alguma liberdade - o local do pouso, através
da condução dos batoques.
Estes paraquedas são muito utilizados em várias competições, principalmente na
competição de precisão, onde todos os paraquedistas competem entre si para ver
quem é o mais certeiro e regular.
Desde os primórdios que os paraquedas têm vindo a ser trabalhados e
desenvolvidos e isso faz com que o paraquedismo e as suas modalidades estejam em
constante evolução para patamares superiores.
Há diversos tipos de paraquedas.
Entretanto, os componentes essenciais são: velame, cordoame, guarnição (arnês) e
bandeja (invólucro). |