INFÂNCIA
Nasceu no dia 27 de novembro de 1940 no bairro de Chinatown em São
Francisco (Estados Unidos) filho de pais oriundos de Hong Kong e cresceu com a família em Kowloon. Bebê prematuro, sua mãe queria
chamá-lo de Lee Jun Fan, que em Cantonês literalmente
significa “Retorno a San Francisco”, mas foi apelidado por uma
enfermeira do Jackson Street Hospital, no bairro de Chinatown, em
São Francisco (EUA), de Bruce, pois a burocracia norte-americana
exigia um nome anglicano e o casal chinês Lee Grave (a mãe) e Lee Hoi
(o pai) concordou.
Mais tarde Bruce teria seu nome
trocado para LEE YUEN KAN. Alguns fãs costumavam chamá-lo de SIU LOONG, que
significa "O pequeno Dragão" devido ao fato de Bruce ter nascido no ano e hora
do dragão, segundo as tradições chinesas. Por último e definitivo nome, BRUCE
LEE que o consagraria em todo o mundo. Sua família, alguns meses depois de seu
nascimento e tendo terminada a turnê que faziam nos EUA (eram artistas da
Cantonese Opera Company), resolveu voltar definitivamente para Kong Kong. Ainda em fase de amamentação, enfrentou uma câmera de cinema pela primeira vez.
Sua mãe conta que esse filme foi realizado em 1941 e se chamava "GOLDEN GATE
GIRL'S". e em seu livro "The Untold Story", conta ainda que quando garoto,
sempre foi um misto de criança generosa, extrovertida, peralta, inquieta e que
muitas vezes canalizava sua grande energia natural para brigar com outros
garotos que o provocassem.
Com Bruce ainda pequeno, a família Lee voltou para
Hong Kong, terra de Chuen. Lá, ele demonstrou ser
um garoto extremamente irritado, que passava
trotes e brigava com os vizinhos, era sonâmbulo e
tinha freqüentemente pesadelos.
Bruce era um garoto pequeno, mas muito briguento, sempre "entrando
em frias" com outros garotos e até mesmo com gangues de Hong Kong.
As gangues dominavam as ruas de Hong Kong do pós-guerra, e Bruce
sempre tinha que enfrentá-las.
Existia em Hong Kong centenas de gangues formadas por adolescentes
que disputavam seu espaço tentando prevalecer suas idéias. Muitas dessas gangues
eram criminosas e a grande preocupação do governo era manter a ordem pública.
Bruce Lee pertencia a um grupo chamado "The Junction Street Eigth Tigers" (Os
Oito Tigres da Rua Junction). O lema era "Lutar pela justiça, pelos fracos,
vencer os desordeiros, um por todos e todos por um".
A fama de valente de
Bruce crescia na mesma proporção que ele próprio crescia e as brigas de rua
passaram a ser inevitáveis. Certa vez dando uma entrevista para a "Black Belt
Magazine" sobre essa época de sua vida, ele confessou que brigava mais por
vontade de lutar mesmo, do que por ideais. Disse ele: "- Eu era um Punk e vivia
procurando brigas. Muitas vezes usei correntes e canetas que traziam laminas
ocultas".
INÍCIO NAS ARTES MARCIAIS
Visando aliviar a insegurança pessoal que estava presente em sua
vida, foi introduzido no Wing Chun (o nome deste estilo pode ser
escrito de várias formas, como Ving Tsun, Wing Tchun e Wing Tsun)
pelo seu amigo William Cheung em 1954, e estudou com Yip Man Chuan dos
13 aos 18ª, quando foi mandado aos Estados Unidos. Entre uma confusão
e outra, contracenava com seu pai, o ator da Ópera
Cantonense, em produções teatrais. Lee teve a
oportunidade de aparecer em diversos filmes chineses quando criança.
O seu nome artístico foi Lee Siu Lung em Cantonês ou Li Xiao Long em
Mandarim que literalmente significa Lee Pequeno Dragão, o nome foi
dado por um diretor em 1950 de um filme cantonês no qual Lee atuou.
O pequeno artista se tornou conhecido no circuito cinematográfico
chinês. Aos 19 anos, Lee já havia aparecido em 20 filmes, sendo
estes filmados pela madrugada devido a barulheira diária existente
em Hong Kong. Já
adolescente, matriculou-se numa escola de Wing-Chun,
uma das ramificações do Kung Fu, com a obsessão
de ser o melhor lutador entre todos (e conseguiu). Isso foi de fato o
grande motivo que o levou a procurar o Kung-Fu. Logo começou a perceber que o
Kung-Fu era muito mais do que ele imaginava e começou a dedicar-se de corpo e
alma a essa arte. Muitos amigos de seus amigos declararam: "Ele comia, bebia e respirava Kung-Fu
24 horas por dia".
Aos 15
anos já tinha um ótimo preparo físico e já impunha aos outros sua forte
personalidade. Certa vez, já cansado de ver o exibicionismo de um instrutor de
Tai Chi, que sempre pedia para voluntários golpeá-lo no abdome e depois
ironizava a todos, pois ninguém conseguia nem sequer mexê-lo do lugar,
ofereceu-se como voluntários. Quando o instrutor travou o abdome e pediu para
socá-lo com toda força, Bruce deu-lhe um tremendo soco nas costelas e
imediatamente o homem caiu ao chão dando um estridente grito de dor, para
espanto de todos ali presente. Ironicamente abaixou-se para ajudar o pobre homem
pedindo desculpas e alegando que tinha errado o alvo. Durante praticamente toda
a sua adolescência, meteu-se em muitas encrencas e brigas, chegando ao ponto de
ir parar em uma delegacia e causando muito constrangimento para sua família.
IDA PARA OS ESTADOS UNIDOS
Nos final dos transviados anos 50, Lee estava à beira
de ser preso em virtude de suas constantes brigas de rua. Sua
família, então, decidiu mandá-lo, em 1959 (aos 18 anos), aos Estados
Unidos, para a cidade natal de São Francisco, em um cargueiro de
terceira classe, e com apenas 100 dólares no bolso, 2 títulos de campeão de
Boxe de 1957 e 1958 de Hong Kong e o endereço de um
velho amigo de seu pai que lhe daria abrigo.
Bruce Lee tinha uma aptidão natural também para dança e segundo dizem, era um
excelente dançarino. Dominava bem os estilos mais populares da época. Logo que
chegou na América, Bruce se sustentava dando aulas de Cha-Cha-Cha a dança da
moda. Depois de viver em São Francisco por vários meses, ele se mudou para
Seattle no outono de 1959, para continuar seus estudos, trabalhou em um
restaurante (O Ruzy Chow's Restaurant), como ajudante e lavador de pratos. Ruby
era esposa de um amigo de seu pai. Seu irmão mais velho Peter Lee também acolheu Bruce Lee em Seattle para uma pequena estadia.
Foram dias difíceis esses, tendo
que trabalhar durante o dia e estudando a noite. O Pouco tempo livre, era
totalmente dedicado a pratica do Kung-Fu.
Em dezembro de 1960, Lee concluiu o ensino médio e recebeu
seu diploma da Edison Technical School (agora Seattle Central Community College,
localizado em Capitol Hill, Seattle). Em março de 1961, matriculou-se na Universidade de Washington e estudou
filosofia. Também estudou teatro e psicologia. Foi na Universidade de Washington
que conheceu sua futura esposa, Linda Emery, com quem se casaria em agosto de
1964. Bruce teve dois filhos com Linda, Brandon Lee e Shannon Lee.
Paralelamente, dava aulas para
americanos sobre as sutilezas do pensamento chinês. No campus da
Universidade, Bruce começou a ensinar para os estudantes o Kung Fu,
arte marcial ainda desconhecida nos Estados Unidos. Passou a ser um mestre dentro do campus da faculdade, mesclando a
arte marcial à filosofia. Foi daí que surgiram seus primeiros
"alunos", que eram seus amigos. Ele não cobrava nada de ninguém e
nunca o faria para amigos. Começaram a fazer, então, com que Bruce
abrisse a sua própria academia de Kung Fu, e daí, poderia cobrar de
seus alunos para se manter.
Deu aula de artes marciais para
pessoas como Chuck Norris, Steve McQueen e
James Caburn. Por intermédio deles, conseguiu
o importante papel de Kato, no seriado Besouro
Verde (66/67), cujo produtor o colocou também em
Batman (66/68). Foi o suficiente para que os irmãos
Chow, donos de um importante estúdio de Hong Kong
(mais tarde, responsável pela produção de City
Hunter, com Jackie Chan em 1992) o convidassem para ser a estrela de O
Dragão Chinês (71) um enorme sucesso.
Eis que em 1963, com a ajuda do amigo Taky Kimura, Bruce abre o
"Lee Jun Fan Kung Fu Institute", sua
própria academia, passando a dar aulas para seus amigos neste local
e cobrava pelas aulas, uma prática que nunca havia sido feita entre
os asiáticos.
Bruce Lee saiu da faculdade na primavera de 1964 e
se mudou para Oakland para morar com James Yim Lee. Juntos, eles fundaram a
segunda escola de artes marciais Jun Fan em Oakland. James Lee também foi
responsável por apresentar Bruce Lee a Ed Parker, fascinado pelo mundo da arte
marcial e organizador do (Long Beach) Torneio Internacional de Karatê onde Bruce
Lee seria mais tarde "descoberto" por um produtor de Hollywood.
Bruce se tornou um ídolo internacional, com fã
clubes espalhados pelo mundo. Ainda em Hong Kong
filmou A Fúria do Dragão (73) e Return of The
Dragon (73), mais dois sucessos de público,
responsável pelo convite de Fred Weintasse a
filmar nos EUA. Assim nasceu Operação Dragão
(73), outro sucesso de público e de bilheteria.
Enquanto a Warner e os irmãos Chow brigavam por
seu contrato, Bruce Lee iniciou o projeto de O
Jogo da Morte, mas foi encontrado morto no
apartamento da atriz Betty Ting Pei, em
Hong Kong, no dia 20 de Julho de 1973.
Milhões de fãs ficaram consternados com sua
morte misteriosa; falou-se até em assassinato,
mas prevaleceu a hipótese de aneurisma cerebral.
Mesmo com sua morte, O Jogo da Morte foi montado e
lançado em 1979 para aproveitar a popularidade do
astro. Não satisfeitos, os produtores ainda
conseguiram material para editar O Jogo da Morte
2, no qual foram inseridas até cenas reais do
enterro de Bruce Lee, como se fizesse parte do
enredo. Os antigos seriados do Besouro Verde também
foram desenterrados e remontados. Em Hong Kong, a
indústria de cinema fabricou diversos Bruce,
inclusive homônimos. Mas o verdadeiro Bruce Lee,
permanece um mito, apesar dos poucos filmes que
rodou. Bruce Lee sem dúvida nenhuma é o
maior nome do Kung-Fu e também um grande símbolo das artes marciais em geral. É
o grande mito do Kung-Fu de todos os tempos. Com seu grande trabalho e empenho,
tornou a arte marcial chinesa bem conhecida nos quatro cantos do
mundo.Obviamente existiu e existem muitos grandes mestres dotados de
conhecimentos e técnicas simplesmente extraordinários, e que são de fato,
superiores àquelas que Bruce desenvolveu.
Até os dias de hoje, ninguém
ainda conseguiu superá-lo no que diz respeito a popularidade. Para se ter uma
idéia da grande popularidade que Bruce conserva até os dias de hoje,
recentemente foi feita uma pesquisa nos Estados Unidos sobre os nomes de pessoas
que mais vendem produtos. Elvis Presley, Beatles e Bruce Lee são os campeões
nessa área, levando-se em conta o total geral desde o início de suas carreiras.
Nessa época conheceu também James
Lee, um praticante de Kung-Fu e tornaram-se grandes amigos. Resolveram então
abrir uma escola para ensino do Kung-Fu. Acontece que Bruce assim como seu amigo
James, tinham uma visão de que o Kung-Fu poderia ser ensinado a qualquer pessoa
independente de raça. Isso contrariava frontalmente a comunidade marcial
chinesa, que achava que esses conhecimentos não poderiam de forma nenhuma serem
ensinados aos não Chineses. Bruce achava que ao criar seu próprio método poderia
evitar problemas com a comunidade chinesa tradicionalista.
Mas ele estava enganado. Certo dia visitou a
escola um renomado mestre de Kung Fu de nome Wong Jack Man, junto com alguns de
seus seguidores que diziam serem representantes da comunidade de artistas
marciais da região. Não era bem uma visita. Trazia ele um ultimato para que
Bruce parasse de ensinar Kung Fu aos não chineses. Se ele não aceitasse eles
resolveriam o caso em um combate homem a homem e o vencedor teria a palavra
final.
Linda Lee (esposa de
Bruce) conta que o homem era realmente forte e impunha muito medo e respeito.
Mas isso não o intimidou e rapidamente decidiu lutar por aquilo que acreditava.
A principio o que era para ser uma luta simplesmente técnica, passou a ser uma
luta bastante violenta onde tanto Bruce quanto Wong, davam o máximo de si para
vencer um ao outro. Depois de muito sacrifício, Bruce conseguiu vencer Wong.
Ele confessou que aprendeu muito
com essa luta, pois Wong tinha uma técnica bastante sofisticada difícil de se
lidar. Alem do mais seu condicionamento físico não se mostrou eficaz, e chegou
até pensar em desistir.
A partir desse acontecimento,
Bruce refez todo o seu conceito sobre a arte de lutar. Isso seria a base inicial
para o desenvolvimento do Jeet Kune Do (o estilo desenvolvido por ele) que significa O Caminho do Punho Interceptor
Nessa época também, ele escreveria seu primeiro livro
"Chinese Kung-Fu - The
Philosophic Art of Self defense".
ESCRITOR
Já
conhecido como mestre pelos alunos, Bruce Lee escreveu e ilustrou o
livro "Chinese Gung Fu - The Philosophical Art of Self Defense".
Editada em 1963, a obra expôs o próprio método de Bruce Lee de lutar
Kung Fu, que ele próprio descreveu como de natureza não clássica e
que têm no âmago os princípios da economia dos movimentos,
simplicidade e retidão.
Sendo
o mais célebre artista marcial do mundo,
BRUCE-LEE via-se infestado por desafiantes. Eles
vinham de todas as partes da Terra! Eram
instrutores rivais com interesse em provar que o
estilo deles era mais total e efetivo que o JEET
KUNE DO, estilo que ele próprio havia criado
quando se tornou um mestre, pois Bruce Lee
aprendeu o estilo WING CHUN de Kung Fu, com seu
mestre Yip Man. Os desafiantes de Lee eram jovens
rebeldes (punks) que se recusavam crer nas lutas
de Lee vistas em cinema (tomavam-nas por
"acrobacias") e tal ceticismo apoiava-se
no fato de Lee não possuir um corpo
"gigantesco" ou algo assim, antes até
aparentemente delgado, eram simples lutadores que
desejavam vencer o rei do Kung-Fu! Derrubá-lo de
seu trono... Não se tem notícia que algum destes
desafiantes tenha sido bem sucedido... Todos (ou a
grande maioria) voltaram para casa com o rabo
entre as pernas.
As fotos da capa foram tiradas em
frente a cerca do restaurante "Ruby Chow", e mostravam Bruce, James Lee e outros
praticante demonstrando vários estilos de Kung-Fu. Treinando muitas horas por
dia, passou a dedicar-se como nunca aos treinamentos dando ênfase o
condicionamento físico, fazendo muitos exercícios aeróbicos e trabalho com
pesos. Começou a apresentar-se em diversos eventos ligados a artes marciais pela
costa oeste dos Estados Unidos. Mas nada que tivesse realmente grande
repercussão. No ano de 1964 conseguiria finalmente mostrar ao mundo sua arte,
quando apresentou-se na inauguração do Torneio Internacional de Karate, deixando
milhares de espectadores impressionados com sua tremenda habilidade.
Ed Parker ("pai do karate americano"), assistia o evento e filmou tudo. Um ano
depois Ed conversava com seu amigo o estilista (cabeleireiro dos astros) famoso
em Hollywood, Jay Sabring, que também havia visto aquele evento. Entre outros
assuntos surgiu o comentário de que Willian Dozier (grande responsável pelo
enorme sucesso da série "BATMAN") procurava alguém para representar
o filho numero 1 de Charlie Chan (um projeto de uma nova série para TV). Um nome
lhes veio a memória rapidamente. Bruce Lee! O jovem que os havia impressionado a
algum tempo atrás.
Bruce Lee, a convite do karateka
Ed Parker, demonstra no torneio de Long Beach, em 1964, o famoso "soco de uma
polegada", o que foi determinante para Bruce ser entrevistado pela 20th Century
Fox e concorrer ao papel de Kato na série de TV The Green Hornet ( O Besouro
Verde). Bruce retornaria para outra exibição em 1967, a vítima da vez foi seu
aluno, Bob Baker, que participaria do filme A Fúria do Dragão (1972), como o
lutador russo Petrov. Arrumaram para que Bruce fizesse um teste cinematográfico na 20th Century Fox.
Logo após o teste, Bruce viajou com sua mulher Linda Lee e opequeno Brandon Lee (1º
filho de Bruce, recém nascido) para Hong-Kong para que sua família conhecessem
sua esposa e filho.
De
todos os músculos, os abdominais eram os que Bruce Lee mais se preocupava, pois
dizia que o abdômen era o grupo muscular mais importante para um praticante de
artes marciais, tendo em vista que todo movimento requer algum trabalho
abdominal, além de proteger as costelas e os órgãos vitais. Bruce era fissurado
por fitness, sempre buscando levar seu corpo ao limite do perfeccionismo. Linda
Lee, mulher de Bruce, dizia que o treino DIÁRIO de seu marido, em casa, incluía
4×90 repetições de torção de cintura, 4×20 repetições de sentar para cima, 4×20
de elevações de perna, 4×50 de torções inclinadas e 4×50 de pontapés em forma de
rã. Isso tudo SOMENTE para abdominal, além de outros exercícios para o resto do
corpo.
Treino de abdominal com
flexão na ponta dos dedos.
Bolo
Yeung, famoso ator que sempre faz o papel de vilão nos filmes de Artes Marciais, inclusive Operação Dragão, disse certa vez em uma entrevista que viu Bruce Lee,
durante as gravações de um de seus filmes, realizar o famoso exercício abdominal
chamado por ele de “bandeira”, no qual ele ficava deitado em um banco e,
agarrado apenas a umas barras de suporte, elevava seu corpo e executava
elevações de perna. Segundo Yeung: “ele conseguia manter-se perfeitamente
horizontal em pleno ar”. Além dos exercícios, Bruce também acreditava no poder
de uma alimentação regrada e sadia.
Ele mantinha uma rígida
disciplina em relação aos exercícios físicos, alimentação saudável, além de ser
um leitor voraz; ele afirmava que pretendia ir colocando mais e mais filosofia
em seus filmes.
Mesmo após horas de exercícios, Bruce nunca parecia estar cansado! Sua maior
desvantagem era sua miopia, mas até suas desvantagens se tornava vantagem, em
luta a curta distância porque então ele enxergava melhor do que ninguém. A parte
mais forte de seu corpo eram seus antebraços e ele se orgulhava muito disso e
estava sempre flexionando-os. Foi o primeiro a usar halteres para obter rapidez
nos socos. Apesar de todo seu conhecimento, em 30 de agosto de 1970, em virtude
de um aquecimento mal feito, ao levantar pesos ele torceu seriamente o quarto
nervo sacral das costas e foi obrigado a permanecer seis meses sem treinar,
tempo esse que ele teve para formular a parte filosófica de sua arte marcial, o
Jeet Kune Do. Os médicos disseram que ele jamais poderia voltar a lutar.
CARREIRA
ARTÍSTICA
"THE
GREEN HORNET - "O Besouro Verde"
Ao voltar, soube que o projeto "Charlie
Chan" havia sido cancelado. No entanto Willian Dozier, ainda vivendo o enorme
sucesso da série Batman, resolveu investir em um outro projeto bastante
parecido. Baseado na antiga novela radiofônica "The Green Hornet" foi criada a série de
mesmo nome para tv. No Brasil esta série foi exibida
com o titulo de "O Besouro Verde". Dozier assistindo ao filme onde Bruce dava
demonstrações de Kung-Fu, não pensou duas vezes e logo foi dizendo:" Esse é o
homem de quem precisamos". Assim Bruce assinou contrato para viver o personagem
"Kato", um tipo de herói assistente nos moldes de Batman e Robin.
A série foi
lançada em todo o território dos Estados Unidos e foi considerada medíocre por
muitas pessoas e críticos da época. No entanto o personagem Kato, vivido por Bruce Lee, chamava muita atenção e todo mundo que assistia ao seriado, ficava
esperando ansioso pela hora em que Bruce lutava com os bandidos derrotando os
malfeitores. Acabou virando um ídolo da
garotada da época, e isso causava um certo ciúme no ator principal da série ao
ver que a popularidade de Bruce era bem maior do que a dele. Apesar do aparente
sucesso, não se sentia bem porque lhe davam poucas oportunidades para demonstrar
a totalidade de sua arte. Tinha que fazer exatamente o que me pediam.
"Mesmo eu tendo condições de fazer
muito melhor não me deixavam". Com o sucesso alcançado com Kato, recebeu
inúmeros convites de homens de negócios para abrir academias com o nome de "Kato
- Defesa Pessoal". Poderia ter ficado muito rico com essa comercialização mas
recusou todos os convites por achar que não teria controle pessoal total sobre
as escolas e conseqüentemente o nível cairia bastante.
Quando
"The Green Hornet" estreou no
oriente bateu todos os recordes de audiência
tornando-o um grande herói para o
publico oriental. Rapidamente começou-se a
comercializar vários produtos com a marca
Kato como Nunchakus de plástico,
mascaras e bonés característicos do
personagem.
Em Hong Kong nessa
época, era
muito comum nas ruas se ver garotos
brincando de herói Kato. Aproveitando a
grande popularidade de Bruce no oriente, a
20th Century Fox fez uma grande campanha
publicitária a titulo de promoção da
série.
Da
noite para o dia Bruce se viu dando inúmeras
entrevistas e apresentando-se em diversos
lugares. Em uma dessas apresentações no
programa de TV "Enjoy Yorself Tonight",
ele fez a célebre demonstração da técnica
de seu soco, quebrando 5 tábuas de uma
polegada cada numa curta distância.
Bruce
decidiu então que voltaria para os EUA e chegando lá teve uma grande decepção pois
não lhe davam a chance que ele precisava
para mostrar todo o seu potencial . O máximo
que conseguiu foram algumas pontas em filmes
de pouco sucesso e trabalhos como coreógrafo
de lutas.
Desanimado e desabafando Bruce
diria: "Afinal quem quer ver um ator
chinês em Hollywood !". Levantando sua
cabeça, ele voltou a fazer algo que sempre
gostara, ou seja, ensinar Kung-Fu. Muitos
nomes famosos do cinema começaram a treinar
com ele como Steve Mc Queen, James Corburn,
James Garner entre outros. Com o passar do
tempo, esses atores se tornaram grandes
amigos de Bruce e lhe deram uma mãozinha
para que voltasse as telas em filmes de
melhor nível. A série "Long Street",
com James Franciscus, foi sua primeira
grande oportunidade para atuar num filme. Seriam 4 episódios de participação. Bruce
se saiu tão bem, que todos os críticos
americanos falavam muito bem de sua atuação.
O "New York Times", chegou mesmo a
sugerir que Bruce deveria ter sua própria série.
Aproveitando-se de seu reconhecimento, enviou a Warner Bross um projeto para fazer
uma série sobre os monges shao lins e deu várias
dicas de como seria esse projeto. Recebeu
uma promessa de que eles produziriam a série
e Bruce seria o ator principal assim como
consultor geral do filme. Enrolaram o
máximo que puderam. Linda Lee, conta que
Bruce quase teve um ataque do coração ao
ver o anúncio na TV sobre a série que
estrearia em breve naquele canal.
Estrelada
então pelo desconhecido David Carradine.
Este sem dúvida foi um dos piores dias na
vida de Bruce. Ele se sentiu traído, usado,
descriminado, revoltado com tudo e todos.
Mas jurou que um dia todos iriam saber
quem era Bruce Lee. E ele iria ter o reconhecimento que merecia.
Apesar
de no ocidente as coisas não estarem de
acordo como Bruce queria, no
oriente ele ainda era um grande ídolo. Esse fato fez com que muitos produtores de lá
começassem a assediá-lo para que aceitasse
trabalhar em seus filmes. Bruce decidiu então
em fazer um filme com Raymond Chow, cabeça
da produtora "Golden Harvest".
Antes mesmo de assinar contrato com Raymond,
Bruce sempre dizia que um dia seria um
super-astro de cinema a nível internacional
a exemplo de seus ídolos, Clint Eastwood e
Charles Bronson.
Certa vez declarou isso a
um produtor cinematográfico norte-americano
que riu em sua cara dizendo: "- Eu acho
muito difícil um chinês ser um grande
astro internacional. O público ocidental não
esta acostumado com isso". Convictamente, Bruce lhe respondeu: " - É o que
veremos meu amigo".
Bruce
viajou então para uma pequena aldeia no
exterior de Bangkok na Tailândia onde seria
filmado "The Big Boss" ("O
Dragão Chinês ", aqui no Brasil). O
enredo do filme era considerado medíocre
para os padrões ocidentais e também para
Bruce que teve que fazer uma série de
modificações no roteiro original para que
o filme chegasse mais próximo desses padrões.
Lee
sofreu muito durante as filmagens. Havia
muita umidade, o clima era sufocante, sem
falar na falta de alimentos. A alimentação
da equipe se resumia a arroz e vegetais.
Baratas, mosquitos e lagartos perturbavam
quase que 24 horas pôr dia. Não havia nem
um tipo de comunicação com o resto do
mundo. Era deprimente para Bruce ver toda
aquela situação muito diferente do que ele
conhecera em Hollywood. Chegou a perder
4 quilos.
Terminado o filme, tanto Bruce quanto Chow
acharam que o filme tinha ficado razoável
pelo menos os gastos seriam recuperados.
"THE BIG BOSS"
Foi um
estrondoso sucesso no mundo oriental. Em
Hong-Kong chegou até superar "A
Noviça Rebelde" em bilheteria. O filme
continuou quebrando recordes em vários
países do oriente. Mais de 1 milhão e meio
de pessoas o assistiram em seu primeiro
lançamento. Claro que todo esse sucesso, deve-se
unicamente a Bruce Lee que com seu carisma
e profissionalismo, trabalhou muito para que
o filme ficasse pelo menos um pouquinho
parecido com as produções ocidentais.
Paralelo a esses acontecimentos, nos EUA a série
"Long Street" continuava em alta e
os produtores procuravam Bruce para
participar de mais alguns episódios.
Voltando então para Hollywood, ele
participou de mais 3 episódios. Pouco tempo
depois a série sairia definitivamente do ar
por problemas diversos. Bruce cansado então
de esperar pelas indefinições dos
produtores Americanos, que não se decidiam
se iriam ou não contratá-lo para novos
projetos, retornou para Hong-Kong para fazer
seu segundo filme pela "Golden Harvest"
originalmente intitulado "The School
for Chilvary". Posteriormente durante
as filmagens, o titulo foi trocado para
"Fist of Fury", (No Brasil foi
exibido com o titulo de "A Fúria do
Dragão").
"FISTY OF FURY"
- "A Fúria do Dragão"
Com
uma produção bem mais cuidada e tendo total liberdade para fazer
o que quisesse no filme, Fist of Fury
superaria em muito o filme anterior (The Big
Boss).
Com um roteiro considerado bom até
para os exigentes padrões ocidentais e o
talento marcante de Bruce Lee, Fist of Fury
quebraria novamente todos os recordes nas
bilheterias do oriente.
Segundo depoimentos
de amigos de Bruce, ele se entregou de corpo
e alma na realização desse filme. A história
tinha muito a ver com ele e o preconceito
racial que sempre sofrera nos EUA. O roteiro
tem um lado político social que
propositadamente faz pensar sobre esse tipo
de preconceito. Nas Filipinas o filme ficou
em cartaz por 6 meses sempre com casa
lotada. Na estréia em Singapura, causou um
verdadeiro reboliço na região com enormes
congestionamentos e ingressos que eram
vendidos no mercado negro pôr até 20 vezes
o valor da bilheteria. A fama e popularidade
subiu as alturas. Ele havia se
tornado o maior astro oriental de todos os
tempos. Choviam ofertas de todos os tipos
para que Bruce aceitasse fazer algum tipo de
trabalho. Ele confessou que nessa época
ficou meio que desorientado e não sabia
mais em quem confiar. Dava-lhe a impressão
que todos queriam somente tirar vantagens
dele. Chegou até a desconfiar de velhos
amigos. Várias vezes estranhos lhe
entregaram cheques de grande valor que
diziam ser presentes e logo depois
desapareciam. Bruce destruía todos esses
cheques. No entanto ele sempre confiou em
Raymond Chow que pôr sua vez torcia muito
para que Bruce continuasse sempre no topo.
Chow
confessou que gostava muito dele, mas que
também não estava mais conseguindo lidar
com toda aquela situação. Afinal de
contas ele recebia ofertas milionárias que
certamente Chow não tinha condições de
cobri-las. Os dois encontraram então uma
solução para resolver toda essa situação.
Resolveram formar uma companhia, a "Concord
Films", cujos lucros seriam divididos
entre os dois. Bruce ficou satisfeitíssimo.
Além de lucros maiores ele poderia atuar
plenamente como roteirista, bem como diretor
e ator, ou seja, liberdade completa para
desenvolver suas idéias. Iniciou-se então
as filmagens do novo filme.
"THE WAY
OF THE DRAGON" - "O Vôo do Dragão"
Esse filme foi rodado em Roma. Misturou bem ingredientes como humor,
ingenuidade, lutas bem coreografadas,
filosofia e claro seu grande carisma
pessoal. Convidou seu
amigo Chuck Norris.
Nas
cenas no Coliseu, mostra uma grande lição como um
grande lutador, se adaptando
ao adversário num momento de dificuldade e
o respeito com que trata seu oponente
independente de que arte seja.
Em
determinada cena, Norris com o braço e
perna quebrados não tem mais condição
de continuar lutando. Bruce o olha e faz
sinal com a cabeça para que Norris desista,
demonstrando o nobre sentimento da
misericórdia. No entanto, Norris se atira em cima dele numa ultima tentativa, pois ele também
é um grande guerreiro e quer ir até o
final. Bruce então dá o ultimo golpe e a
luta termina. Presta então
seus respeitos ao grande lutador que está
ali caído aos seus pés. Essas cenas tinham
muito a ver com sua própria personalidade
como lutador real.
(No
Coliseu - Roma, nas cenas/luta com
Norris)
Terminadas
as filmagens, Bruce declarou que o filme
tinha grande potencial e com certeza
chegaria a U$$ 5 milhões em bilheteria. Os
críticos o julgaram louco, achando que
jamais "The Way of the Dragon",
dobraria a renda de "A Noviça
Rebelde". Novamente ele estava certo.
Logo nas primeiras semanas o filme chegou a
5,4 milhões. Bruce não queria que seus
filmes fossem lançados no ocidente pôr
achar que tinham uma linguagem exclusiva
para o publico oriental. Na sua opinião,
eles não agradariam ao exigente publico do
outro lado do mundo. Mas desta vez ele
estava errado. Lançaram "The Fist of
Fury" na Europa, EUA e Canadá. Para a
total surpresa de Lee, o filme foi um enorme
sucesso batendo todos os recordes de filmes
orientais anteriormente exibidos. Em seguida
foi a vez de "The Big Boss" e logo
depois "The Way of the Dragon",
repetindo a dose e quebrando novamente
recordes de bilheteria. Bruce Lee estava se
tornando um grande ídolo internacional e
cada vez mais, as pessoas em todo o mundo estavam
conhecendo o pequeno Dragão e seu carisma
envolvente.
Aparecendo em praticamente todas
as revistas de cinema e artes marciais, em
grandes programas de televisão e sempre
dando muitas entrevistas a jornalista e críticos
de cinema, o nome Bruce Lee estava mais
conhecido do que nunca pelos quatro cantos
do mundo. Em Hong-Kong assim como nos EUA,
iniciava-se a onda de produtos relacionados
ao nome Bruce Lee e que eram vendidos em
larga escala, como camisetas, emblemas,
chaveiros, bonés, revistas, etc..
Enquanto
isso Chow já tinha planos para o próximo
filme da "Concord Films"
chamado de "The Game of Death"
("Bruce Lee no Jogo da Morte",
aqui no Brasil). Bruce resolveu filmar
algumas seqüências que tinha na cabeça,
e convidou seu amigo e aluno Kareem Abdul
Jabbar (grande astro do basquete americano
na época), para participar dessa filmagem
teste.
Jabbar
estava em visita social em Hong-Kong e
resolveu aceitar o convite do amigo. Quem não
gostou muito, foi o empresário de Jabbar,
que quase teve um ataque ao saber que um dos
jogadores mais caros do mundo estava
trocando socos e chutes simplesmente com o
"Rei do Kung-Fu". Ele sabia que
eram amigos e era apenas um trabalho
cinematográfico. Mas qualquer acidente com
Jabbar resultaria em enorme prejuízo por
quebra de contrato. Jabbar não tinha
autorização para fazer esse tipo de coisa
se expondo dessa maneira.
Se o leitor observar
nesse filme, na parte em que Bruce
enfrenta Kareen Abdul Jabar (O jogador de
basquete), durante praticamente toda a luta Kareen
Abdul permanece sempre de óculos escuros. O fato
é que ele sempre teve problemas visuais e luzes
fortes o incomodam muito. E
como eram simples cenas de testes para análises,
Bruce permitiu que ele ficasse com os óculos na
maior parte do tempo. Quem não conhece os fatos,
logo fica pensando que a cena ficou mal feita,
pois Kareen leva um monte de golpes no rosto e os óculos nunca caem.
Nesse
ínterim as ofertas chegavam aos montes.
Produtores de todo o mundo queriam o pequeno
dragão. Bruce Lee já valia 1 milhão de dólares
no mercado cinematográfico, o que era uma
alta soma para os padrões da época. Muito
feliz ele curtia cada momento dessa nova
fase em sua vida. Mas
nada lhe deu mais prazer do que saber que muitos produtores americanos também o
queriam.
Os
mesmos que sempre o discriminaram e
duvidavam de seu sucesso, estavam todos ali, batendo a sua porta. Entre eles a
problemática "Warner Bros", que
havia causado tanto tristeza em Bruce.
OPERAÇÃO DRAGÃO
- "Enter the Dragon" O
Produtor executivo da Warner, "Fred
Weintraub", foi a Hong-Kong
exclusivamente para mostrar a Bruce o
projeto de "Enter the Dragon"
("Operação Dragão"), que seria até então, o filme mais
caro sobre artes marciais nunca antes
realizado. Uma grande produção para o gênero.
Bruce e Chow adoraram o projeto e voaram
para os EUA para assinarem o contrato
adiando assim a realização de "The
Game of Death".
Bruce
Lee atirou-se de corpo e alma na realização
desse novo projeto e estava absolutamente
certo de que esse filme o consagraria
definitivamente como grande astro
internacional de primeira grandeza. O filme
teve um orçamento inicial de U$$ 600.000,00,
o que era uma boa quantia
para a época se levarmos em conta que um
filme de James Bond tinha uma média de 1
milhão de dólares de orçamento inicial por
filme.
Bruce sugeriu e indicou os nomes de
pessoas com quem gostaria de trabalhar, entre eles:
John Saxon (Conhecido ator e
estudioso de artes marciais), |
Jim Kelly
(Campeão internacional de Karate 1971), |
Bob
Wall (Campeão profissional de Karate norte-americano
1970) |
Yang Sze (Bolo) várias vezes
campeão de Shotokan do Sudeste Asiático, |
Angela Mao (campeã
de Okinawa) que fez o papel da irmã de Lee
no filme |
Foram contratados mais de 200
extras e Bruce era também o principal
responsável pelas coreografias e seqüências
de lutas. O enredo do filme é muito
parecido com as histórias de James Bond.
Lee como agente secreto infiltrado, tenta
arranjar provas para acabar com o maldoso e
poderoso Hans.
(Na inesquecível cena do
labirinto de espelhos)
Dono
de uma ilha fortaleza localizada próxima a
Hong-Kong e usada como fachada para seus negócios
ilícitos Hans, como apreciador de artes
marciais, promove um grande torneio em sua
ilha convidando vários artistas marciais de
todo o mundo. Bruce então é infiltrado
como agente especial do governo americano. O
filme realmente é muito bom. Um verdadeiro
clássico do cinema de artes marciais.
Após
o termino das filmagens, Bruce muito
orgulhoso de seu trabalho teria dito:
"Realmente foi o melhor filme da minha
vida. Tenho a certeza de que chegará fácil
aos U$$ 20 milhões". O Pessoal da
Warner concordava plenamente com ele. Muitos
homens de cinema já diziam que Bruce tinha
muito potencial a exemplo de Clint Eastwod e
John Wayne valendo seu peso em ouro.
Infelizmente Bruce não viveu para ver o
enorme sucesso que conseguiria em todo o
mundo. Somente nos EUA, nas primeiras
semanas "Enter the Dragon" chegou
a U$$ 3 milhões. Na Inglaterra ficou várias
semanas nas principais salas de cinema,
sempre com casa cheia. O Sucesso também se
repetiu em vários países da Europa, batendo recordes principalmente na Itália,
Espanha e Alemanha. Atualmente estima-se que
esse filme tenha ultrapassado U$$ 200 milhões
entre lançamentos, direitos para a TV,
fitas de vídeos, DVDs e reprises, desde o
seu lançamento no inicio dos anos 70.
"Enter the Dragon",
na época não conseguiu no oriente superar
"The Fist of Fury". Talvez pelo
fato de que o público oriental ainda não
estivesse acostumado com uma visão
ocidentalizada de filmes de arte marcial. De
qualquer forma, em Hong-Kong chegou a U$$ 4 milhões,
e nas Filipinas foi proibido por
julgarem o filme violento e com
forte apelo a cultura ocidental.
Nunchaku Pouco antes e mesmo durante as filmagens de
"Enter the Dragon", a pressão sobre
Bruce já estava chegando a níveis
insuportáveis,
segundo sua própria visão. Sua privacidade
deixara de existir. Era freqüente o assédio pôr
parte de fãs, jornalistas, pessoas que queriam
desafiá-lo para uma luta, produtores e gente do
cinema sempre querendo sua presença em eventos e
festas de todos os tipos.
Bruce
declarou certa vez, que não gostava muito dessas
festas. Ele se sentia mal, tinha que usar roupas
que não gostava, tinha que responder sempre as
mesmas perguntas aos jornalistas, tinha que estar
sorrindo para tudo e todos, sem falar nas intermináveis
sessões de fotos. O que ele gostava mesmo, era de
reunir seus amigos e ficar bem a vontade
discutindo sobre filosofia, cinema, musica,
esportes e artes marciais. Somando-se o fato de
que Bruce já era uma personalidade bastante
famosa e que tinha um temperamento bastante
explosivo, a imprensa sensacionalista da época
passou a persegui-lo praticamente em todos os
lugares em que ia. Sempre haviam fotógrafos (tipo
esses paparazzis) a esperar por acontecimentos que
certamente seriam manchetes nos jornais
principalmente em Hong-Kong.
Bruce
certamente colaborava bastante para toda essa
situação. Muitas vezes demonstrou em publico ser
um pessoa muito temperamental e agressiva. Certa
vez, encontrou um velho mestre que desafiava a
todos os presentes para que tentassem
desequilibrá-lo da posição de luta em que
estava. Depois
que todos tentaram sem sucesso chegou a vez de
Bruce, que simplesmente chegou perto do homem,
deu-lhe um tremendo soco que o fez cair
rapidamente ao chão sentindo muita dor. Quando
lhe perguntaram o porque de toda aquela
agressividade, Lee respondeu: - Bruce Lee não
empurra. Bruce Lee soca!. Durante as filmagens de
" Enter the Dragon", ele arrumou confusão
com o produtor Fred Weintraub, o escritor Michael
Allen e Bob Wall (Campeão de karate profissional
americano), que foi o responsável pelo ferimento
que Lee recebeu na mão durante a cena em que Wall
parte para cima dele com cacos de garrafas
quebradas. Esse incidente, intencional ou não,
interrompeu as filmagens pôr vários dias, até
que Bruce se recuperasse.
Nos meses
que antecederam sua morte, Bruce estava vivendo uma fase
que misturava ansiedade, stress e agitação. Segundo
Linda Lee, ele queria abraçar o mundo com as mãos e não
queria deixar escapar nada. Treinava duramente varias
horas pôr dia. Passava noites em claro, trabalhando em
projetos de filmes. Muitas vezes acordava a noite com insônia,
e ia para sua sala de treinamento onde ficava se
exercitando até o amanhecer do dia.
(Ao
lado de Linda e seu filho) Alguns
de seus amigos contaram que ele tinha uma espécie de mania de perseguição. A
coisa piorou mesmo quando no aeroporto de São Francisco um bala perdida passou
bem próximo dele. Essa história ficou muito mal contada. E até hoje não se sabe
direito o que aconteceu de fato. Depois desse acontecimento ele passou a
carregar uma arma de fogo onde quer que fosse. Vivia preocupado e começou a
perder bastante peso. Desde cedo aprendeu a cuidar muito bem de sua mente e
corpo. Ele sabia que um atleta tem que se alimentar, dormir bastante e estar
sempre com a mente tranqüila. Aparentemente estava vivendo cada dia como se
fosse o ultimo. Um outro fato muito interessante é que Bruce fez um seguro de vida
milionário também nessa época. Uma das perguntas mais
freqüentes que se faz é: "Como morreu Bruce
Lee?". Existem muitas versões da morte do lendário
rei dos filmes de Kung-Fu. Histórias absurdas como: Morte
por drogas, envolvimento com a máfia, suicídio, pacto
com o demônio, marido traído, acerto de contas e tantas
outras.
Fantasias a parte vamos então aos fatos plausíveis
e comprovados. Em maio de 1973, Bruce estava em
uma sala de dublagem quando teve um ataque e caiu
no chão. Com acessos de vômitos e convulsões
ele mau conseguia respirar. Levado as pressas para
o hospital, os especialistas constataram que havia
alguma coisa errada com seu cérebro. Medicado,
recuperou-se e foi orientado a fazer exames mais
detalhados. Ele decidiu fazer esses exames com os maiores
médicos dos EUA. Formou-se então uma junta médica com
grandes especialistas para um check-up completo; mas nada
encontraram. Chegaram a conclusão de que ele tinha uma
excepcional forma física de causar inveja a qualquer
jovem de 18 anos. Associaram o problema a uma simples
estafa física e mental. Bruce retornou então as suas
atividades normais.
GAME OF DEATH
- "Bruce Lee no jogo da Morte" é um filme incompleto
estrelado, escrito, dirigido e produzido por Bruce Lee que morreu morreu
tragicamente devido a um edema cerebral durante as gravações. As filmagens começaram em 1972, sendo interrompidas duas vezes. Na primeira,
Bruce Lee preferiu dedicar-se a um novo projeto que surgia, o filme Operação
Dragão, o primeiro filme de kung fu produzido por um grande estúdio de Hollywood
(Warner Bros.), e com um orçamento nunca antes visto para algo do gênero (U$800.000).
Mais de 100 minutos de vídeo foram filmados antes de sua morte, depois alguns
deles foram parar nos arquivos da Golden Harvest. Para que o filme não ficasse inacabado, o diretor de Operação Dragão Robert
Clouse foi encarregado de terminar o filme usando dublês e um novo roteiro.
Sua versão foi lançada em 1978, cinco anos após a morte do protagonista com
montagens e cenas de outros filmes nas cenas que faltavam. No filme, o personagem de Bruce Lee simula sua própria morte. As cenas do funeral de seu personagem são, na verdade, cenas reais de seu
próprio funeral.
Á época de sua morte, Bruce tinha planos para retomar as filmagens de O Jogo da
Morte. Na agenda de Bruce Lee, onde relatava os seus compromissos, estava programada a
conclusão da filmagem de Game of Death, agendada para setembro de 1973.
Na final do filme são exibidas cenas de vários filmes de Bruce Lee, como forma
de homenagem.
No dia 20 de julho de 1973, Bruce tinha ido
ao apartamento da atriz Betty Ting Pei, para acertar
detalhes sobre a participação dela no filme
Por
volta das 19:30 h. queixou-se de fortes dores de cabeça.
Betty resolveu lhe dar uma espécie de aspirina chamada de
"" Equagesic" e pediu para que deitasse um
pouco que logo a dor pararia. Cerca de 2 horas depois,
Betty foi acordá-lo, pois seu amigo o produtor Raymond
Chow havia chegado, e eles tinham um compromisso marcado.
Perceberam logo que algo de grave havia acontecido, pois não
conseguiam acordá-lo de maneira nenhuma, mesmo molhando ou
dando tapinhas em seu rosto. Chamaram imediatamente um médico
e logo em seguida Bruce foi removido para o Hospital
Rainha Elizabeth onde morreu. A causa da morte foi edema
cerebral. Mas o que causou esse edema não se sabe ao
certo. As duas autópsias feitas, uma em Hong-Kong e a
outra em Los Angeles, contaram com a participação de
grandes médicos de renome internacional que estudaram
cuidadosamente o caso. Chegaram a conclusão de que a
"Causa Mortis" aparentemente foi devido a uma
hipersensibilidade aos meprobamatos ou aspirina. Quando a
notícia correu no mundo inteiro, as pessoas achavam que
era algum tipo de boato ou brincadeira de mau gosto. Era
difícil de acreditar que um homem como Bruce Lee
estivesse morto devido a uma enfermidade qualquer. Mas era
verdade. O pequeno dragão havia partido. E para sempre. Robert Lee, irmão de
Bruce Lee, disse à revista Inside Kung Fu que a família acredita que Bruce foi
realmente assassinado.
FUNERAL
Em 25 de julho de 1973, cerimônias funerais atraíram cerca de 25.000 fãs em Hong
Kong. Bruce é vestido em um traje chinês que usou em “Enter the Dragon”
(Operação Dragão). O corpo foi exposto para visitação publica em caixão aberto.
Em 30 de julho,
seguiu para Seattle (EUA), onde foi realizada uma segunda cerimônia funeral,
onde somente os amigos e parentes estiveram
presentes. Apenas 200 convites foram enviados - como os atores Steve MacQueen e
James Coburn, o diretor Robert Clouse e os lutadores Danny Inosanto, Taky Kimura
e Jim Kelly.Cerca de 120
policiais trabalharam para manter a ordem durante a cerimônia fúnebre. Milhares
e milhares de pessoas esperavam pacientemente para dar o ultimo adeus ao grande
ídolo. Bruce Lee foi enterrado no Lake View Cemetery.
"Operação Dragão" foi
lançado três semanas depois de sua morte e se tornou uma das maiores bilheterias
de 1973. Até hoje, o filme já arrecadou mais de 200 milhões de dólares.
No
filme The Game of Death - Bruce Lee no jogo da Morte,
muitas daquelas cenas de cerimônia fúnebre são
verdadeiras. Dá para ver ligeiramente o rosto de Bruce
Lee dentro do caixão. Linda Lee o vestiu com a calça e o
paletó usados no filme "A fúria do Dragão"
(Fist of Fury). Os grandes astros do cinema americano na
época , Steve MacQueen e James Coburn prestaram sua
ultima homenagem ao ajudar a carregar o caixão do amigo
morto. Juntamente com eles, um humilde dono de mercearia e
também grande amigo de Bruce, chamado Taky Kimura. Bruce
tinha apenas 32 anos de idade.
TÚMULO Até os dias de hoje o túmulo
de Bruce já foi visitado pôr milhares e milhares de
pessoas e provavelmente continuará sendo por muito e
muito tempo. No livro
de mármore sobre seu túmulo está escrito: Your inspiration continues
to guide us toward our personal liberation (=Sua inspiração continua
nos guiando para nossa liberação pessoal). O túmulo ao lado é o do
seu filho, Brandon.
TERMINANDO O FILME "O JOGO DA
MORTE"
Alguns anos depois da morte de Bruce, o
produtor Raymond Chow resolveu terminar "The
Game of Death" (Bruce Lee no Jogo da Morte),
criando uma história na qual seria adaptada as
cenas que Bruce tinha rodado como testes.Fizeram muitas montagens nesse
filme utilizando imagens verdadeiras de Bruce,
mas algumas não ficaram tão boas. Observe
atentamente a cena onde o personagem Billy Lo está
em um camarim em frente a um espelho conversando
com o homem da bengala (Hugh O'Brien). Dá para
notar muito bem que tentaram sobrepor a imagem da
cabeça de Bruce no corpo do ator Tong Lung. Aliás
o verdadeiro Bruce Lee realmente só aparece nos
minutos finais do filme. Mesmo assim, na última
cena onde ocorre a luta com o ator americano Hugh
O'Brien (o homem da bengala), já não é mais
Bruce e sim o ator Tong Lung.
Inexplicavelmente quando o filme foi exibido
na TV cortaram a belíssima seqüência onde Bruce
Luta com Dan Inosanto utilizando Nunchakus.
(O
amigo Kareen Abdul Jabar "Jogo da
Morte")
Tong Lung foi obrigado a interpretar
praticamente todo o filme disfarçado. Ora com óculos
escuros, outras vezes com óculos e barba postiça.
Isso se deve ao fato de que propositadamente os
produtores queriam que se pensasse que era o
verdadeiro Bruce Lee, que ali estava. Devido
ao enorme sucesso de "The Game of Death", foi
feito " The Game of Death II". Novamente
utilizaram muitas imagens de Bruce de outros filmes e também
cenas inéditas não utilizadas. Infelizmente Bruce não
aparece lutando em nenhuma delas. Excepcional performance
técnica do ator principal Tong Lung, que dessa vez
aparece de cara limpa nesse filme interpretando agora
Bobby Lo (Irmão de Bruce Lee). Todo o elenco é composto
de gente de primeira linha em se tratando de Kung-Fu. As
coreografias de lutas são de muito bom gosto, excelente nível
e de grande dificuldade técnica. Veja a seqüência
rodada em uma estufa de plantas onde Tong Lung luta com
Casa Nova (mestre em Tae Kwondo). A performance técnica
dos dois é extraordinária.
Vale
lembrar, que antigamente não existiam efeitos
diversos como os que existem hoje, e que fazem os
lutadores dos filmes atuais parecerem extremamente
rápidos e poderosos. Naquela época o lutador
tinha que ser bom porque a câmera registraria
exatamente a realidade de sua performance. Daí
o mérito de "The game of death II" e
dos grandes filmes realizados até o final dos
anos 80, como os de Bruce Lee e de tantos
outros que sempre procuraram mostrar um lado mais
realístico do Kung-Fu Chinês.
HOMENAGENS
-
Os filmes de artes marciais tornaram-se moda em
meados dos anos 70. Tanto que a canção
"Kung Fu Fighting",
na voz de Carl Douglas, uma homenagem a Bruce Lee, foi o disco mais
vendido de 1974.
-
No
início de sua carreira o artista marcial Jean-Claude Van Damme prestou diversas
homenagens ao “mestre bruce Lee”, destacando-se o seu filme “Retroceder Nunca,
Render-se Jamais” (1985), que gerou uma nova onda de interesse por Bruce Lee.
-
Vinte anos após a morte de Bruce Lee, Hollywood o homenageou com o
filme-biografia "Dragon - The Bruce Lee Story" ("Dragão - A História de Bruce
Lee"), baseado no livro escrito por sua viúva Linda Lee "BRUCE LEE O
HOMEM QUE SOMENTE EU CONHECI", e estrelado por Jason Scott Lee (sem
parentesco), como Bruce Lee e Lauren Holly no papel de Linda. O filme foi um
sucesso de bilheteria e indicado ao MTV Movie Award.
-
Com apenas 5 produções Bruce redefiniu os filmes de ação e abriu
portas para astros das artes marciais como Chuack Noris, Steven Sagal, Jacha
Chan, e Jean Clod Van Dame, mas nenhum poderia ter tanto destaque como seu filho
Brandon, este que teve uma carreira também próspera. No dia em que completou 21,
Brandon estreou seu primeiro filme "Kung Fu: The Movie", mas em 31 de março de
1993, quando trabalhava em seu sétimo longa-metragem, durante as gravações de "O
Corvo", Brandon foi morto no set de filmagem por uma arma de festim
indevidamente checada... Como seu pai em "O Jogo da Morte", "O Corvo" foi
concluído com a ajuda de dublês. Estas desafortunadas coincidências entre as
mortes prematuras de pai e filho reacenderam a polêmica sobre uma maldição
-
Ainda em 1993, Bruce Lee ganhou uma estrela na Calçada da Fama, em
Hollywood com as presenças de Linda e Shannon Lee e o ator Jean
Cloude Van Damme na cerimônia.
-
Foram criados diversos personagens fictícios em sua
homenagem em diversas mídias (animações, séries de videogames, jogos para
Playstation, etc.).
ESTÁTUAS
Dentre as várias estátuas que foram construídas em diversos países, duas se destacam:
A estátua em Hong Kong na Star Avenue – Esse monumento foi
erguido em 27 de novembro de 2005pelo escultor Cao Chong-en, para comemoração dos exatos 65 anos de Bruce
Lee, nascido em 1940. O fã-clube de Bruce Lee de Hong Kong arrecadou 100.000
dólares para a realização da estátua de bronze com 2,5 metros de altura e
pesando 600 kg, além de exigirem do governo chinês que honrassem o seu legado,
apesar das autoridades locais temerem que um possível culto ao cidadão
“norte-americano” Bruce Lee e sua filosofia libertária pudessem influenciar
negativamente os jovens em relação às políticas sociais e ideológicas cada vez
mais abrangentes do governo comunista em Hong Kong.
O local escolhido para se colocar a estátua foi ao longo da Star Avenue na área
urbana próxima ao porto em Tsim Sha Tsui, ao Sul de Kowloon. A figura esculpida
pelo escultor chinês Cao Chong-en, está em posição de combate como nas poses
típicas de Lee vistas em Fists of Fury (A Fúria do Dragão de 1972). A estátua
foi inaugurada por Robert Lee, irmão de Bruce na data de aniversário do Pequeno
Dragão. O monumento se tornou uma atração turística concorrida de Hong Kong,
valorizado ainda pela linda vista panorâmica do centro de Hong Kong ao fundo. É
comum os fãs depositarem flores, filmarem, tirarem fotos e fazerem homenagens
junto ao monumento e não fiquem surpresos se depararem com Phoebe ou Robert Lee
(dois dos quatro irmãos de Bruce), por lá.
Estátua de Bruce Lee em Foshan, na China – Esse monumento de bronze é uma
réplica da estátua de Hong kong, salvo por seu tamanho gigante de 18,8 metros. O
artista responsável pela obra é um dos maiores escultores chineses, Cao Chong-en,
criador também do monumento de Bruce Lee em Hong Kong. A gigantesca estátua foi
fixada no Bruce Lee Paradise Park, na cidade Jun-an, em Foshan, na província de
Guangdong (Sul da China). O parque temático de artes marciais é cercado por mais
de 20 colinas de vegetação verde florescente. Além da belíssima região em torno
do parque com suas montanhas, lagos cristalinos e vegetação abundante favoráreis
para a propagação e crescimento da vida animal, os visitantes ainda dispõem de
um museu comemorativo sobre Bruce Lee, uma galeria com outras obras de Cao
Chong-en, uma fazenda ecológica, entre outras atrações interessantes.
A colossal estátua de Bruce Lee em Jun-an
A estátua de Bruce Lee teve um custo de 2 milhões de Yuans e precisou de dois
anos para ficar pronta. Na base da obra gigante há uma placa com o título
imponente de “Rei do Kung Fu”, mais informações sobre a vida de Bruce Lee e uma
lista com os nomes dos que contribuíram diretamente para a edificação do
incrível monumento. Ao que parece, o governo comunista chinês se rendeu ao apelo
publicitário de uma figura mundial de origem chinesa (mas de nacionalidade
norte-americana) para tentar atrair turistas para o país que se abre cada vez
mais ao mundo ocidental, se valendo de uma estratégia de marketing tipicamente
capitalista e oportunista. E pensar que pouco tempo atrás somente o “deus” Mao
Tsé-Tung poderia ser cultuado por lá.
Bruce tinha grandes idéias para historias de series e filmes. Uma delas, a qual
apresentou a Warner, era a história sobre um monge asiático que viajava pelo
Velho Oeste americano resolvendo problemas. A ideia foi recebida entusiasticamente, e Lee tinha o desejo de interpretar o
protagonista, algo que não aconteceu. Quem ficou com o papel foi David Carradine, e o nome da série era
Kung Fu, um
dos maiores sucessos da televisão americana na época. O estúdio alegou que um personagem principal chinês não faria sucesso entre o
grande público.
Apresentada no período de 1972-1975, o filme "piloto", Kung Fu, estreou nos
Estados Unidos no dia 22 de fevereiro de 1972, na rede ABC. Em 1986 e 1987, foram filmadas duas seqüências da série Kung Fu, com a
participação de Brandon Lee, filho de Bruce Lee.
Duas décadas depois do fim da série original, foi lançada Kung Fu: The Legend
Continues, que conta as aventuras de um descendente de Kwai Chang Caine. David Carradine também a protagoniza, ao lado de Chris Potter que interpreta o
filho de Caine. Foi exibida originariamente entre 1993-1997, com quatro
temporadas.
FILMOGRAFIA
Das mais de 40 participações que teve em filmes ë
seriados, seja como ator, diretor ou instrutor, os principais foram os cinco longas metragens:
- The Big Boss (1971) de Lo Wei;
- Fist of Fury (1972) de Lo Wei;
- Way
of the Dragon (1972) da Golden Harvest, realizado e escrito por Lee;
- Enter the
Dragon (1973) da Golden Harvest e Warner Brothers
- The Game of Death (1978),
ambos com realização de Robert Clouse.
-
Bruce Lee 0foundation
-
Bruce Lee IMBd - Internet Movie Database
|