420
A classe 420 é uma classe internacional de embarcação à vela e surgiu em meados
da década de 60, graças aos desenhos de Christian Mayry. Esta classe veio
substituir, de certa forma, os barcos velhos e pesados de madeira e criaram uma
nova filosofia de barco ligeiro e econômico.
O seu nome deve-se ao comprimento que ostenta, nomeadamente 4.20 metros. Não se
trata de um barco de iniciação, mas o seu manejo não requer um nível avançado de
conhecimentos. Como tal, é uma boa embarcação de desenvolvimento para os que
pretendem velejar numa classe um pouco mais acima, como por exemplo a classe
470.
470
A classe 470 é uma classe olímpica de vela que é praticada tanto no masculino
quanto no feminino. Seu nome deve-se ao tamanho do barco medindo 4,7 metros ou
470 centímetros. O 470 é um barco que foi inventado no século XIX (1863), pelo francês André Cornu e apresenta 4.70 metros de comprimento, 4.40 metros de largura na linha de
água e um mastro de 1.68 metros de altura. Esta classe tem três velas de área
9.12 m², 3.58 m² e 14.30 m² e é uma classe projetada para ser praticada por dois tripulantes e o seu peso deve
estar entre os 110-145 kg e são barcos conhecidos por serem muito rápidos e
sensíveis ao movimento de corpo dos velejadores.
49ER
A classe 49er é uma embarcação que surgiu nos Jogos Olímpicos de Sydney, no ano
de 2000. É uma embarcação tripulada por duas pessoas que se penduram nos
receptivos trapézios e praticada apenas no masculino. Este barco possui 3 velas
e 2 asas laterais, caracterizando-se por ser um
barco extremamente rápido em que é necessário uma excelente técnica e
coordenação para o navegar de forma segura e rápida. O barco deve ter no máximo
4,99 metros e seu formato lembra uma prancha de windsurf. A classe 49ERX tem as
mesmas especificações porém difere por ter velas menores e é uma categoria
praticada por mulheres.
DINGUE
A classe Dingue não é ainda uma classe olímpica, mas é uma das que mais adeptos
tem. Esta tendência verifica-se graças aos preços dos barcos (aproximadamente
3,000 euros), mas também à sua aparência, pois tanto parecem ser de
competição, como de recreação. O barco da classe Dingue foi construído em 1978 e
tem uma vela única. O barco possui um comprimento total de 4.16 metros, largura
de 1.66 metros e o peso do casco é de 85 kg. Se pretender, o tripulante pode
anexar um pequeno motor na popa do barco e assim apreciar a beleza cênica que o
alto mar proporciona.
DRAGÃO
A classe Dragão foi desenhada em 1929 por Johan Anker e cedo se transformou numa
classe de referência no desporto náutico. Trata-se de um barco à vela para três
pessoas e manteve-se como classe olímpica até aos Jogos Olímpicos de Munique, em
1972. Os barcos que são utilizados na classe Dragão têm velas compridas e
elegantes, uma característica única que sempre acompanhou a construção destes
barcos. No entanto, agora os materiais são mais duráveis e de fácil manutenção.
ELLIOT 6m - F
Os barcos Elliott 6M
Desenhado pelo neozelandês Greg Elliott, o Elliott 6 metros é um barco de alto
desempenho, responde bem em todos os pontos de manobras e acelera rapidamente.
Incluído nas olimpíadas desde 2008, teve algumas alterações no seu
equipamento original, para melhor velejar em uma maior faixa de condições de
vento e com peso máximo da tripulação de 204 kg.
O Elliott 6M é tripulado por três mulheres, cada uma pesando em torno de 68 kg.
Os barcos têm mastro e retrancas de fibra de carbono e área vélica levemente
menor que o modelo original, favorecendo a navegação com ventos acima de 25 nós.
O convés tem bordas mais elevadas para que a tripulação tenha mobilidade no caso
de vento muito forte ou inclinação acentuada, o que é fundamental para a
velocidade do barco. O calado é de 1m66cm, com comprimento de 6 metros e largura de 2m35cm.
EUROPE
A classe Europe é a categoria com dimensões mais reduzidas nas competições
olímpicas, ela é conhecida como o “pequeno Finn”, dadas as parecenças entre as
duas estruturas. O barco que é utilizado nesta classe possui um comprimento
total de 3.35 metros, o peso do casco é de 63 kg e tem uma vela de 7 m². Nos
jogos olímpicos, a classe Europe é disputada pelas mulheres.
FINN
É um barco simples com uma vela de 4,5 m de comprimento e peso de 130 kg,
projetado para um único velejador entre
80 kg e 100 kg. Conhecido como catboat - mastro colocado muito à frente do
veleiro, a área da vela é uma das maiores do iatismo com dez metros quadrados o
que faz com que o velejador tenha que aliar técnica com força para manejar sua
embarcação. Modalidade praticada apenas no masculino.
FYING DUTCHMAN
O Flying Dutchman é uma classe de vela ligeira e de alta performance. Trata-se
de uma embarcação olímpica que se destaca, graças aos seus 20 metros de
comprimento. Esta classe foi desenvolvida nos anos 50 e teve a sua estréia
olímpica em 1960, nos Jogos Olímpicos de Roma, em Itália. O barco que é
utilizado nesta classe, continua a ser hoje um dos trapézios mais rápidos do
mundo. Para além da vela grande, dispõe de genoa e balão e apresenta uma
mastreação muito complexa.
LASER
A classe Laser é a classe olímpica mais popular do mundo e onde a maioria dos iatistas
começa. Suas características principais são a sua simplicidade de construção com
apenas uma vela e o baixo preço. Trata-se de um
barco tripulado por um velejador, é muito veloz e pode planar em dias de muito
vento. A classe Laser tem um casco com 4.23 metros de comprimento total, 3.81
metros de comprimento na linha de água e pesa 57 kg.
O Laser é subdividido em duas subclasses distintas:
A classe standard, que é a modalidade olímpica masculina que tem 7.06 m2 de área
de vela e foi desenhada para ser velejada por um iatista com mais de 80 kg;
A classe radial, que é a modalidade olímpica feminina que apresenta 5.76 m2
de área de vela e possui um mastro mais flexível e ligeiramente mais curto,
sendo planejado para atletas mais leves velejarem este tipo de barco;
LASER RADIAL
A classe Laser Radial é disputada exclusivamente por mulheres. O casco é
idêntico ao da classe Laser, porém com a vela um pouco menor com 5.76 m2 de área de vela.
L’EQUIPE
A classe L’equipe possui três velas e é tripulada por dois velejadores,
nomeadamente o proa que fica à frente, trabalha no estai e no balão e o leme que
trabalha com o leme e com a vela grande. A primeira vez que o barco L’equipe
navegou em alto mar, foi no ano de 1981 e foi desenhado por Marc Laurent. Este
barco é inspirado no conhecido Flying Dutchman e as suas linhas são muito
parecidas com este último. O barco é de simples manejo e tudo é simplificado de
modo a poder ser utilizado por iniciantes. É uma embarcação bastante leve e com
várias afinações, o que faz com que este seja um barco com uma navegação
bastante técnica.
LUSITO
A classe Lusito é uma classe histórica em Portugal. Tratou-se de uma das
primeiras embarcações utilizadas no ensino e na prática da vela como desporto em
Portugal. O barco da classe Lusito surgiu nos anos 40 do século XX e foi criado
por Rodolfo Fragoso e pelo Mestre Carpinteiro João Brites. É um barco de
dimensões reduzidas, com apenas 2.45 metros de comprimento, com o mastro e a
retranca ocas, com vela grande e estai concebido para um tripulante. Estas
características fazem com que este seja um barco muito leve e veloz.
NACRA 17
A classe Nacra17 é uma nova classe olímpica que estreou em
2016 nos jogos olímpicos do Rio. É um catamarã de casco duplo de 3 velas,
velejado com tripulação mista, masculino e feminino. Possui cumprimento de 5,25
m e peso de 135 kg. O Nacra 17 é bastante leve para o seu comprimento. Isso
garante excelente manuseio dentro e fora da água, permitindo navegar com uma
ampla faixa de intensidade de vento durante as regatas, resultando em um barco
ágil e, por outro lado, mais desafiador ao navegar.
OPTIMIST
A classe Optimist é constituída por um veleiro de pequenas dimensões e pode ser
feito em madeira ou em plástico. Trata-se de uma pequena embarcação que
apresenta 2.34 metros de comprimento, 1.13 metros de largura e tem o peso total
de 35 kg. Este barco foi concebido em 1947 por Clark Mills e o seu objetivo
principal era tirar as crianças da rua e colocá-las a velejar em alto mar. Daí o
motivo do Optimist ser recomendado para crianças entre os 7 e os 15 anos de
idade (desde que o seu peso não exceda os 65 kg). Este barco é conhecido como a
caixa de fósforos da navegação à vela e graças à sua segurança e estabilidade, o
Optimist é uma das classes mais difundidas do planeta.
RAQUERO
A classe Raquero é uma embarcação destinada ao batismo náutico dos mais jovens e
destina-se a todos os que tenham entre 6 e 14 anos de idade. Esta embarcação foi
desenvolvida pelos estaleiros Polysier na Galiza, nomeadamente em Vigo, e foi
criada como alternativa à caravela. O Raquero foi desenvolvido para ser um barco
escola e tem uma lotação máxima de 6 pessoas. A um nível mais técnico, o Raquero
apresenta uma mastreação mais complexa, tem trapézio e vela balão.
RS:X
A classe RS:X trata-se de uma prancha com vela (e não um barco) da
modalidade de windsurf, para apenas um tripulante praticada tanto no masculino
quanto feminino. Possui comprimento de 2,88 m e pesa cerca de 30 kg.
SNIPE
A classe Snipe é considerada a mais técnica de todas as classes de barcos à vela
e também uma das mais tradicionais. O barco foi projetado em 1931 por William
Crosby e, no ano seguinte, foi fundada a Associação Internacional de Corridas da
Classe Snipe (SCIRA) e o Snipe tornou-se oficialmente uma classe de competição.
Trata-se de um barco muito simples, versátil e de fácil transportabilidade. É um
barco monótipo de 4.72 m de comprimento, para dois tripulantes (timoneiro e
proeiro), com um mastro e duas velas. É uma das classes da vela que participa
dos Jogos Pan-americanos.
STAR
A classe Star é uma das classes mais populares e mais antigas no desporto
náutico. Trata-se de uma classe olímpica que nasceu em 1911. Os primeiros barcos foram criados por Isaac E.
Smith e até hoje a estrela encarnada mantém-se como a sua imagem de marca. O
barco que é utilizado na classe Star é uma embarcação para dois tripulantes que, juntos, o peso
ideal seria cerca de 200 quilos. Tem 6.9 metros de comprimento total e uma área vélica total de 26.5 m², armado em
sloop e com quilha fixa (peso que fica no fundo do barco e impede que ele se
desloque lateralmente). Um barco Star tem condições para navegar graças às
incontáveis opções de acerto para cada situação de água e de vento.
TORNADO
A classe Tornado é um barco à vela multi-casco, nomeadamente um catamarã
(embarcação com dois cascos com propulsão à vela ou motor). O Tornado foi
projetado por Rodney March, em 1966, em Inglaterra e chegou a ser uma classe
olímpica de destaque. A sua última aparição nos jogos olímpicos foi no ano de
2008, em Pequim e, nessa altura, decidiu-se que esta classe não viria a
incorporar mais as Olimpíadas.
O barco utilizado na classe Tornado é tripulado por duas pessoas, um proeiro e
um timoneiro, cada um com um trapézio e a sua característica principal é a
velocidade, chegando a atingir 70 km/h. Ele apresenta 6.1 metros de comprimento
de casco, o tamanho da vela mestra é de 16.35 m2, da vela de proa 5.29 m2 e o
seu peso total é de 155 kg.
VAURIEN
A classe Vaurien surgiu em 1951 e foi apresentada pela primeira vez no Salão
Náutico de Paris. Trata-se de uma embarcação que é muito apreciada e utilizada
na Europa. O barco que é utilizado nesta classe apresenta 4.08 metros de
comprimento total, 1.47 metros de largura, vela grande de 5.06 m² e um peso
total de 95 kg. Em 2008, a área vélica foi aumentada e alguns aspetos do casco
foram melhorados, o que fez com que a performance desta embarcação subisse
consideravelmente, superando em termos de rendimento a classe 420!
YNGLING
Número de tripulantes: 3
Gênero: Feminino
Características: É a única classe olímpica com três velejadores (uma timoneira e
duas proeiras). O barco tem três velas e uma quilha de 310 quilos. O ideal é que
o trio pese entre 200 e 230 quilos
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