Canoagem
Adaptada é a canoagem executada por pessoas
portadoras de necessidades especiais (deficiência
física, auditiva, mental e visual).
A
Canoagem Adaptada pode ou não usar de
equipamentos extras que auxiliem o
praticante a desenvolver o seu melhor
rendimento com segurança e saúde. As
adaptações podem ser nos barcos ou
externas, ou seja, gestos e comunicação
por sons especiais e até adaptações nas
regras. Em
todos os casos a canoagem adaptada pode
servir para lazer, recreação e competição.
Observando-se alguns aspectos de segurança
e tendo um conhecimento da deficiência, se
ela é mental, física, auditiva ou visual,
todo clube ou escola de canoagem pode
atender o portador de necessidades
especiais. Todo
o trabalho com estas pessoas deve se basear
naquilo que a pessoa pode realizar e não,
naquilo que ele não consegue. Não pode-se
colocar a deficiência como barreira ou
limitação para a prática e sim, trabalhar
no desenvolvimento de suas potencialidades e
capacidades. O trabalho com a Canoagem
Adaptada não é uma tarefa difícil. As ações
tomadas com os portadores de necessidades
especiais são iguais ao dos alunos de uma
escola convencional de canoagem. Um dos
objetivos deve visar a busca da maior
independência possível do praticante,
desde a sua chegada ao clube, passando pelo
treino e até a sua saída. O atleta
portador de necessidades especiais precisa
adquirir hábitos que dependam da menor
ajuda possível de outras pessoas para
realizar canoagem no seu clube .
O
responsável pelo ensino de canoagem
adaptada (treinador ou professor) deve
seguir o mesmo processo de
ensino-aprendizagem que usa com os alunos
sem deficiência. É claro que observando-se
alguns aspectos referentes a cada deficiência.
É importante que o professor e o aluno
sintam-se seguros e que todas as manobras de
segurança estejam dominadas para que o
praticante também faça canoagem sem a
presença do professor. O
professor e o aluno devem ter uma relação
muito íntima no que se refere a questão da
deficiência. A comunicação deve ser
aberta tratando a lesão com naturalidade
para que professor e aluno possam encontrar
juntos meios eficazes para uma prática saudável
e de sucesso. O professor deve ter liberdade
para realizar perguntas e sugerir propostas.
É necessário desafiar o aluno naquilo que
é certo que pode ser realizado por ele. Fazê-lo
buscar a vitória do desafio o fará
sentir-se feliz e assim ele irá buscar
conquistar novos avanços a todo instante
sempre crescendo no processo motor, físico
e motivacional. Desde já convidamos a todos os atletas com
necessidades especiais e entidades que
trabalham com Canoagem Adaptada para
participar do Campeonato Brasileiro de
Velocidade que acontecerá nos dias 12 e 13
de outubro em Curitiba-PR. Fonte:
Confederação Brasileira de Canoagem
Texto: Luciano Comerlato (membro do comitê
de canoagem adaptada) |