Primeiro
calendário da história da humanidade e começa com a enchente anual do
rio Nilo. Surge por volta de 3000 a.C. O ano tem 365 dias, divididos em 12
meses de 30 dias e mais cinco dias extras, dedicados aos deuses.
Os
egípcios são os primeiros a utilizar um calendário solar , embora os 12
meses de 30 dias sejam de origem lunar. O ano tem 365 dias - e 6 horas a
menos que o ano solar, o que significa atraso de um dia a cada quatro
anos.
Havia
três estações determinadas pelo fluxo do rio Nilo: Cheias
(akket); Semeio (pert) e Colheita (shemu). A relação entre as estações
definidas pelo Nilo e as estações naturais era feita pelo nascer
heliacal da estrela Sirius, conhecida dos egípcios pelo nome de Sothis.
A primeira aparição da estrela no céu da manhã, depois da sua conjunção
com o sol determinava o início da contagem das estação das Cheias.
O calendário
egípcio foi reconhecido pelos astrônomos gregos e tornou-se o calendário
de referência da astronomia por muito tempo. Copérnico usou-o para
construir suas tábuas da lua e planetas.
Já no ano 238 a.C., o Rei Ptolomeu III tentou acrescentar um dia
extra ao calendário a cada 4 anos, como no ano bissexto atual. No entanto
sua proposta não teve eco. Somente entre 26 a.C. e 23 a.C., a modificação
é realizada, sob o império romano na mão de Augusto que
introduziu tal modificação no calendário.
Meses
Egípcios
1.
thoth |
2.
phaophi |
3.
athyr |
4.
choiak |
5.
tybi |
6.
mechir |
7.
phamenoth |
8.
pharmouthi |
9.
pachons |
10.
payni |
11.epiphi |
12.
mesore |
O ano egípcio
de 23-22 aC possui o mês correspondente a agosto com 30 dias. A partir de
então, este mesmo mês voltou a possuir 29 dias salvo nos anos bissextos,
quando tinha um dia a mais. Esse novo calendário passou a se chamar Alexandrino.
Esta
reforma não foi aceita integralmente e os dois calendários permaneceram
paralelos até pelo menos 238 dC. Os astrônomos e astrólogos mantiveram
a notação antiga. Ptolomeu usava-o, salvo no tratado de fenômenos
anuais em que o novo calendário tinha mais conveniência.
Os persas
adotaram o antigo calendário egípcio em 500 aC. Não é bem certo se foi
adotado exatamente ou com modificações. Os armênios ainda o
adotam. Os três últimos meses do calendário armênio correspondem
exatamente aos três primeiros do antigo calendário egípcio. Em seguida
vêm os cinco dias finais, característicos deste.
O calendário
alexandrino é ainda usado na Etiópia, na igreja Cóptica e para fins
de agricultura no moderno Egito e vizinhos do norte da África.
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