O verão está aí
e nossos amigões precisam de alguns cuidados especiais para não sofrer muito
com o calor. Leia abaixo um texto bastante interessante que foi publicada no
Jornal Folha de São Paulo sobre o assunto e dicas sobre o quê fazer (e não
fazer) durante este período.
"Cachorro-Quente em
SP"
Para os cães, "morrer de calor" não é uma força de expressão,
mas algo que realmente pode acontecer. Nas últimas semanas, a temperatura em
SP, que ultrapassou os 35ºC, levou inúmeros cães, principalmente Sheep Dogs,
Poodles e Collies, a pronto-socorros veterinários. Os sintomas do "estresse
térmico" eram respiração ofegante, letargia e, às vezes, vômito.
Os cachorros sofrem mais com o calor do que os
homens porque não transpiram por meio da pele. A manutenção da temperatura do
corpo é feita pelo suor.
"Quanto mais quente, mais ofegante fica a respiração do
cachorro", diz o veterinário Marcelo Migliano, da Clínica Faria
Lima. Além da respiração ofegante, o Dog Alemão Romel,
11, tinha parado de comer por causa do calor quando sua dona, a professora
Denise Massoco, resolveu levá-lo à clínica veterinária,
"Ele foi medicado, tomou soro e agora só fica
deitado dentro de casa em frente ao ventilador", afirma ela.
De acordo com Migliano, a maioria dos casos de cães
que vão parar no hospital acontece nos finais de semana. "Geralmente o dono
leva o cachorro para passear no Ibirapuera no horário que o sol está muito
forte, caminha uma longa distância e o animal nem sempre agüenta", diz o
veterinário.
Durante um passeio, aos primeiros sinais de cansaço
do cão, como deitar no chão, é melhor oferecer água e esperar o bicho
descansar na sombra antes de continuar a caminhada. Segundo o veterinário, um
Labrador chegou a morrer este mês de síndrome de exaustão, depois de ter
ficado mais de uma hora correndo e brincando embaixo do sol
escaldante.
A síndrome da exaustão ocorre quando um animal faz exercício
além de sua capacidade física, aliado a um aumento da temperatura do corpo
(hipertermia), o que ocasiona uma disfunção cardiorespiratória ou
desidratação, que pode matá-lo.
"Prefira passear com o cachorro à noite ou pela
manhã nos dias quentes", orienta Migliano. Com a alta temperatura os cachorros
também perdem o apetite e procuram ficar em lugares frescos com pisos
frios.
Uma esguichada de água para refrescar é uma boa
idéia, mas banhos diários não são recomendados. "O excesso de banhos pode
tirar a oleosidade natural da pele no animal acarretando problemas
dermatológicos", explica Migliano.
O professor de clínica de cães e gatos,
Aparecido Antonio Camacho, da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinária da
UNESP, afirma que o banho só é indicado quando o cão está sujo. "Para cães de
pelo longo, são indicados banhos semanais. Para os de pelo curto, a cada 15
dias".
Não se esqueça se sempre deixar água fresca
disponível e cuidar para que seu cão não queime as patas no asfalto
quente.
Para os cães de pêlo longo, é recomendável fazer uma tosa de
verão (seguindo o padrão da raça), para que o cão não sinta tanto calor.
Uma vez que as pessoas normalmente dão banho com maior freqüência nesta época, não terão o problema de o pêlo ficar embolado, não é
conveniente deixar que o pelo seque ao vento só porque o dia está quente, pois
com o tempo isto irá acarretar em problema de pelagem.
Deixe sempre água fresca para o animal e em local
sombreado.
Evite de passear com o animal nos horários de maior calor,
mesmo que na praia, pois o asfalto fica muito quente e pode causar queimaduras
nas palmilhas palmares e plantares.
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