Como regra geral, é sempre melhor, principalmente quando os
"noivos" são novos e portanto ainda inexperientes em assuntos amorosos, que a
fêmea seja levada para a casa do macho, uma vez que fora de seu território ela
estaria menos agressiva e preocupada com a manutenção de seu próprio "espaço".
No entanto, nos casos em que o macho more em apartamento e/ou tenha pouco
espaço e a fêmea tenha mais condições, essa regra pode ser quebrada. O mais
importante é que a fêmea encontre-se realmente no
cio.
Como identificar o cio?
No início do cio, ocorre em geral uma modificação do temperamento da
cadela, que se torna mais dócil, com micções mais freqüentes, emite ganidos
sem causa aparente, demonstrando também maior atividade e movimentação.
A vulva congestiona-se, apresentando ligeiro aumento de volume e deixando
em seguida escorrer corrimento seroso de início e em seguida sanguinolento.
Esse corrimento sanguinolento ocorre portanto no início do cio das cadelas,
diferentemente do que ocorre com a mulher, quando tal corrimento chamado de
menstruação ocorre no final do ciclo sexual.
A partir desse corrimento sanguinolento nas cadelas, conte sete dias
(primeira semana), período esse que em geral as cadelas não aceitam ainda o
macho para acasalamento. Ao fim desses sete dias, as cadelas quando
acariciadas com a mão em seu dorso, elevam ligeiramente a cauda e deixam-se
também acariciar em seus órgãos sexuais externos, ou então, deitam-se de
costas com as pernas para cima exibindo sua barriga para ser acariciada.
Se estes sinais estão presentes, considera-se que a cadela está pronta para
o encontro do macho para o acasalamento, porém, não é indicado fazê-lo antes
do terceiro cio, pois o organismo da fêmea ainda não está pronto para a
maternidade.
Normalmente, estando a cadela em seu período fértil, basta colocar os
"noivos" juntos e o macho procurará cavalgá-la para proceder ao coito. Pode
ocorrer às vezes, um período prévio de namoro, principalmente quando são ambos
(ou apenas o macho) inexperientes sexualmente (afinal são irracionais mas
também não são de ferro !!!). O ideal é cruzar três vezes, em dias alternados,
para aumentar a chance de êxito.
Se a cadela permite o início do cruzamento mas o
interrompe, pode ser por dores devido a ferimentos internos ou problemas
anatômicos, requerendo o diagnóstico de um veterinário. Não agüentar o peso do
macho também é motivo para causar a interrupção. Neste caso, ajude a
sustentá-lo ou arrume outro namorado para a cadela.
Se este for seu caso, tenha paciência e ajude se necessário, segurando a
cadela, para que a mesma seja cavalgada pelo macho e assim se efetue a cópula
entre ambos.
Mas... se você já tentou de tudo, não perca as esperanças:
existe a possibilidade de inseminação artificial, cuja técnica é bem simples,
bastando levar o casal à clínica de um veterinário especialista em
reprodução.
Carmello Liberato Thadei (Médico
Veterinário -CRMV-SP-0442).
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