Existem controvérsias quanto a origem da raça, pois alguns
acham que ele descende do Wolfhound Irlandes pelas semelhanças entre
exemplares dos tempos antigos. Já outra corrente sustenta que eles
descendam dos hounds de Picts. De qualquer maneira essa raça já
era identificada como Deerhound (Caçador de cervos) nos séculos XVI
e XVII. O Deerhound era tão estimado e desejado com exclusividade
que a continuação da espécie chegou a ser ameaçada. Na idade
Medieval, por exemplo, ninguém de classe inferior à um Conde poderia
possuir esse cão. Com a quase extinção das caças de grande porte
como cervos e com o colapso do sistema de clãs a raça passou a ter
menos interessados. Por volta de 1820 alguns criadores retomaram a
criação com grandes resultados e sucesso, mas com a Grande Guerra
mais uma vez, o número de criadores e por conseguinte de exemplares
ficou restrito.
Apesar de raro, seu valor é alto devido a sua
grande habilidade como caçador. Seu faro apurado o faz um grande
rastreador mas a combinação de força e velocidade em um cão enorme
como o Deerhound ( às vezes pesando até 100 Kg ) é que o torna tão
valioso.
Séculos em companhia humana tanto em caçadas como na
guarda tornaram-no um grande companheiro do homem, sendo facilmente
treinado e muito leal. Sir Watter Scott, que possuiu a famosa
fêmea Deerhound "Maida", descreve o cão como "A mais perfeita
criatura do Universo ".
Seu pelo no corpo, pescoço e membros
deve ser áspero e duro, com 7,5 a 10 cm de comprimento e na cabaça,
peito e barriga mais suave.
A cor é preferencialmente de um
cinza azulado escuro, em seguida tons mais ou menos escuros de cinza
ou rajados. Cores variando de amarelo a castanho avermelhado
especialmente com orelha e focinho pretos são bem
desejáveis.
Na aparência geral, é um cão de grande porte,
gracioso, com o lombo levemente arqueado e ar aristocrático,
denotando força e disposição. |