O Dogo Canário, anteriormente
denominado “Cão de Presa Canário” ou simplesmente “Presa Canário”, é
um molossóide que se originou nas ilhas de Tenerife e Grande Canária, onde foi
desenvolvido devido à sua aptidão para a luta.
A raça é o resultado do cruzamento do "Bardino o Majorero" cão
oriundo da Ilha de Fuerteventura e de molossos que chegaram a essas ilhas vindos
do continente no século XIX.
Seu temperamento ardente foi herdado de seu antepassado o “Bardino o Majorero”,
cão boiadeiro pré-hispânico difundido desde tempos remotos por todo o Arquipélago,
rústico, brigador e de caráter vivaz.
Tais cruzamentos deram origem a um grupo étnico (de presa) de tipo intermediário
e dominante, de cor tigrado ou leonino e ambos manchados de branco.
Várias décadas passariam para que o processo de recriação do Dogo Canário
se iniciasse de forma ininterrupta pelas mãos de alguns poucos criadores que
conheciam sua tradição e existência.
A partir desse momento, o trabalho incessante de reconstituição fez com que o
Dogo Canário fosse difundido por todo o Arquipélago, onde existe hoje em
grande número, sendo criado e selecionado dentro de um conceito de raça sem
esquecer suas funções iniciais.
Seu aspecto denota força, com olhar severo e é especialmente bem dotado para a
função de guarda e defesa e mais tradicionalmente para a condução de gado.
É impetuoso, hábil, dono de um latido grave, manso e nobre com a família e
desconfiado com estranhos. No passado foi utilizado como cão de rinha.
A pelagem é simples, com pêlo curto, assentado, de aspecto rústico e
levemente áspero ao tato.
A cor é o tigrado (em toda sua gama) ou leonino (em toda sua gama). Marcas na
pelagem (quanto mais reduzidas melhor) podem ocorrer no peito, base do pescoço
ou garganta e nos dedos. A máscara preta pode estar presente desde que não
ultrapasse a altura dos olhos.
Na aparência geral o Dogo Canário é um cão de porte médio, simétrico, de
perfil reto, aspecto rústico, bem proporcional e ligeiramente mais longo do que
alto.
A cauda tem inserção alta e em movimento se eleva em forma de sabre, sem
enroscar. As orelhas são pendentes ou dobradas. Se cortadas ficam eretas. |