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EXPOSIÇÃO

 

Meu Cão na Exposição

  • Introdução
  • Como funciona uma Exposição de Estrutura e Beleza
  • O Ritual da Exposição
  • O Que se Julga Num Cão
  • A Preparação do Cão Para a Exposição
  • Regulamento de Exposições

Muita gente se pergunta para que, participar de exposições caninas.
Isso é só frescura! E o pior é que esse conceito se estende ao pedigree. A grande maioria das pessoas ainda acha que o pedigree serve, apenas, para encarecer o filhote.

Maltês

Então porque as pessoas procuram os "legítimos"?
Porque essas mesmas pessoas escolhem uma determinada raça?
Se o pedigree não é importante porque não comprar um vira-latas?
Bem! Vamos definir, primeiro, o que é raça pura.

Um cão de raça pura é o produto do acasalamento entre dois cães de mesma raça reconhecida pela FCI (Fédération Cynologique Internationale). O órgão representante da FCI, no Brasil é a CBKC (Confederação Brasileira de Cinofilia).

Agora vamos definir mestiço.

Um cão mestiço é o produto do acasalamento entre dois cães de raças diferentes. Daí, por diante, qualquer acasalamento de um cão de raça pura com um mestiço é, automaticamente, um mestiço. Por último, vamos definir o que é vira-latas.

Um Vira-latas é o produto do acasalamento entre dois mestiços cujo resultado torna impossível definir qual ou quais as raças que o originaram... Alguns autores, ainda, definem o mestiço cujas raças de origem são impossíveis de definir como SRD (Sem Raça Definida).

O pedigree nada mais é do que um Certificado de Registro de Origem. Tem a mesma função de um Certificado de Garantia na compra de um Eletrodoméstico. Esse documento garante a procedência do exemplar que está sendo adquirido. Se lido convenientemente, revela ao comprador se o vendedor é um criador eventual, se ele "apenas" possui uma fêmea que cruzou com o macho da esquina ou se ele escolhe suas matrizes e procura um bom padreador para consumar o acasalamento afim de obter uma ninhada com possibilidades futuras.

É aí que entram as Exposições Caninas de Estrutura e Beleza.

Premiação numa Exposição

Uma exposição canina é instituída para qualificar, classificar e selecionar exemplares que tenham potencial para aprimorar a criação de cães.

É claro que os proprietários dos cães vencedores festejam efusivamente as vitórias, mas somente um vence.

A qualificação será sempre mais importante do que a classificação. A classificação é estabelecida por comparação entre os cães presentes. A qualificação independe do número de exemplares inscritos ou presentes. O árbitro qualifica cada exemplar de acordo com suas virtudes e suas faltas. Já nos aconteceu numa exposição, que, numa raça, o exemplar classificado como Melhor da Raça recebeu uma qualificação apenas Suficiente e, noutra raça, outro cão classificou-se em Terceiro lugar com uma qualificação Excelente. Os três primeiros colocados receberam uma qualificação Excelente.

O critério de avaliação deve obedecer aos objetivos da criação, portanto, o árbitro está em contato constante com os criadores para tomar ciência dos problemas que cada raça apresenta. Quando um árbitro observa a incidência freqüente de determinado defeito, creditado como hereditário, atribui um valor maior aos exemplares isentos dele.

Como funciona uma Exposição de Estrutura e Beleza

Existem três tipos de exposição de Estrutura e Beleza:

Exposição Geral de Todas as Raças: é um evento de âmbito geral do qual participam todas as raças que, depois, são comparadas entre si para avaliar o nível geral da criação de cães. Dividem-se em:

Exposição Nacional julgada por um Árbitro de grupo ou de todas as raças onde os cães participam de Campeonato Nacional.

Exposição Pan Americana - julgada por um Árbitro de grupo ou de todas as raças onde os cães participam de Campeonato Pan Americano.

Exposição Internacional - julgada por um Árbitro de grupo ou de todas as raças onde os cães participam de Campeonato Internacional.

Exposição Especializada de uma Raça é uma mostra na qual só participam exemplares da mesma raça e têm o objetivo de esmiuçar as qualidades e faltas particulares da raça analisada. Julgada por um Árbitro especializado, normalmente, criador da raça.

Match de raça é um evento de âmbito regional, julgada por um criador da raça que promove o evento com o objetivo de formar futuros Árbitros de Exposições.

O Ritual da Exposição

Julgamento das raças na primeira etapa da Exposição as raças são separadas por Grupos e cada raça de cada grupo é examinada separadamente, obedecendo ao seguinte ritual:

a) Julgamento das classes as classes são separadas por sexo, idade e título. Primeiro são julgadas as fêmeas e depois os machos. Tanto as fêmeas quanto os machos são divididos em classes.
Na classe filhote são avaliados e classificados os cães com idade entre quatro e seis meses.
Na classe Novíssimos seis meses e um dia e os doze meses.
Na classe Juniores são avaliados e classificados os cães com idade entre os doze meses e um dia e os vinte e quatro meses.
Na classe seniores são julgados os cães na faixa etária de mais de vinte e quatro meses que ainda não tenham títulos, para disputar o título de Campeão.
Depois vem a classe campeonato onde são julgados os exemplares que já tenham obtido o título de campeão, para disputar o Grande Campeonato.
Na Classe Grande Campeonato só participam os Grande Campeões.

b) Julgamento do Melhor da Raça uma vez selecionados os melhores das classes a etapa seguinte é o julgamento do Melhor Macho entre os vencedores e da Melhor Fêmea entre as vencedoras. O julgamento da raça termina com o julgamento do Melhor da Raça e o Reserva da Raça entre o macho vencedor e a fêmea vencedora. No julgamento do Reserva da raça entram, também os Reservas Macho e os Reserva Fêmea conforme o caso. Se o macho ganhar entra o Reserva Macho para disputar com a Melhor Fêmea o Reserva da Raça e vice versa.

Julgamento dos grupos
Os grupos são separados em 10, segundo o critério da FCI:
Grupo 1 - Cães Pastores e Boiadeiros (Exceto os Suíços)
Grupo 2 - Pinscher, Schnauzer, Molossos e Boiadeiros Suíços.
Grupo 3 - Terrieres.
Grupo 4 - Dachshunds.
Grupo 5 - Cães Spitz e Tipo Primitivo.
Grupo 6 - Sabujos e Cães de Pista de Sangue.
Grupo 7 - Cães de Aponte.
Grupo 8 - Cães Recolhedores, Levantadores e d'Água.
Grupo 9 - Cães de Companhia.
Grupo 10 - Lebréis ou galgos.
Grupo 11 - Raças não reconhecidas pela CBKC.

Os vencedores de raça, agora vão disputar os melhores dos grupos, assim, um a um entram novamente em pista os vencedores das raças pertencentes ao primeiro grupo. Entre esses cães, são eleitos os quatro melhores do grupo 1. Em seguida entram os vencedores do grupo 2 e, com o mesmo procedimento, são selecionados os quatro melhores do grupo 2 e assim por diante até o grupo 10.

Julgamento do Final da Exposição
Os vencedores de grupo, disputarão agora o título de Melhor da Exposição, assim, um a um entram novamente em pista os vencedores dos grupos. Desses cães são selecionados os quatro Melhores da Exposição começando pelo Melhor da Exposição (Best-in-Show). Após entrar o reserva do vencedor o Árbitro o examina e, em seguida, seleciona o Segundo Melhor da Exposição. Com o mesmo procedimento é selecionado o terceiro colocado e assim por diante.

O Que se Julga Num Cão

As características específicas de cada raça são descritas por um texto que recebe a denominação de Padrão da Raça. Os padrões oficiais das raças são elaborados pelas sociedades de criadores. Numa Exposição, o Árbitro julga os exemplares segundo um roteiro de quesitos, de acordo com esses padrões de raça.

Exame Preliminar Faltas Desqualificantes - neste quesito, o árbitro deverá verificar se o exemplar é, ou não, portador de faltas desqualificatórias comuns a todas as raças, tais como: cegueira, surdez, mutilações ou qualquer tipo de invalidez; atipicidade; machos que não apresentem um ou os dois testículos perfeitamente perceptíveis na bolsa escrotal; faltas desqualificantes textualmente descritas pelo padrão específico de cada raça, tais como: faltas dentárias, mordedura incorreta, altura, temperamento agressivo etc. e, finalmente, a utilização de artifícios químicos, físicos ou cirúrgicos com a intenção de alterar a aparência natural, em favor das características rácicas exigidas pelo padrão.

Caráter e Temperamento - sendo o temperamento parte da bagagem genética, tem um peso acentuado na avaliação das outras qualidades. Embora não se possa fazer testes de temperamento, durante uma exposição, exceto para o grupo terrier, que tem seu teste específico, um árbitro experimentado é competente o suficiente para avaliá-lo. Durante o exame preliminar, o árbitro julga as qualidades da estrutura mental do exemplar, através da observação do seu comportamento.

Exame em STAY (Parado)

Aparência Geral - verificação das características de porte, tipo e da harmonia do conjunto:
- proporções entre a altura, a largura e o comprimento; entre a cabeça e o tronco;
- o comprimento da pelagem, a textura, pigmentação, cor e marcações;
- estado do pêlo, presença ou ausência de subpêlo;
- substância: relação ossatura e musculatura.

Cabeça - exame das características gerais de masculinidade e feminilidade;
- da proporção crânio-focinho; da inserção e do porte das orelhas;
- da inserção, forma, cor e expressão dos olhos;
- do stop, focinho e trufa;
- da boca: os maxilares, lábios, dentadura e mordedura, a coloração da mucosa e gengiva.

Linha Superior - visto de perfil, é feita a análise da linha de contorno que vai desde a nuca, passando pela crista da face dorsal do pescoço, cernelha, ápice dos processos espinhosos, ao longo da cadeia de vértebras dorsais e lombares até a garupa, na inserção da cauda.
Neste quesito são examinados, ainda, a forma pela qual o pescoço está engastado no tronco; a posição da cernelha; resistência e elasticidade do dorso e do lombo; a posição, angulação e comprimento da garupa.

Linha Inferior também visto de perfil, é feita análise da linha de contorno que vai da ponta do esterno (manúbrio), passando ao longo do esterno e do ventre, até a linha anterior do contorno da coxa.
Aqui, são observados, ainda,
- o desenvolvimento do peito, de perfil, e do antepeito, de frente;
- forma e curvatura do arco descrito pelas costelas (visto pela frente ou por trás), conseqüentemente, o volume torácico e o grau de esgalgamento do abdome (com ou sem cinturinha).

Membros Anteriores - que incluem o ombro, o braço (úmero), o antebraço (rádio e ulna ou cúbito), a munheca (carpos e metacarpos) e o pé.
O árbitro examina a substância;
- angulações escapuloumerais;
- paralelismo dos aprumos, inclinação ou verticalidade e direcionamento dos metacarpos, formato e compacidade das patas;
- espessura, cor e resistência das almofadas plantares, dureza e aspereza da sola.

Membros Posteriores - que compreendem a garupa (coxal), coxa (fêmur), perna (tíbia e fíbula ou perônio), jarrete (tarsos e metatarsos) e as patas.
O exame é semelhante ao dos anteriores: o árbitro confere com as características da raça,
- o comprimento, largura e a inclinação da garupa;
- as angulações das coxas com a garupa, das coxas com as pernas, o prumo dos jarretes e, conforme o item anterior, as patas.

Cauda - é examinada em item separado, dada a sua importância no conjunto de características de cada raça:
- a posição da inserção na garupa;
- espessura e comprimento, incluídas as caudectomizadas;
- forma; porte e pelagem.

Em Movimento
  Ida e Volta

Visto pela frente e/ou por trás
- observação do grau de alinhamento, proximidade ou afastamento, entre os membros do lado esquerdo em relação aos do lado direito (single tracking ou em paralelo);
- o comportamento dos cotovelos;
- a direção, aprumo e firmeza dos metacarpos, durante uma passada e a
- direção, aprumo e firmeza dos jarretes, no instante da pisada.

O segredo de um bom julgamento é a análise do exemplar durante a movimentação. É, quando o apresentador não tem como tocar seu cão, portanto não pode ajeitá-lo.

Em Círculo

Visto de perfil - o árbitro, no centro da pista, pede que o condutor movimente o exemplar a trote lento, em círculo, para observar:
- a postura, o comportamento e o preparo físico do exemplar;
- o comportamento (firmeza ou oscilação) da linha superior (pescoço, dorso, lombo e garupa);
- a fluência e desenvoltura na movimentação, alcance das passadas dos membros anteriores, rendimento da propulsão dos posteriores e a cobertura de solo.

É o momento em que a rigidez/flacidez de seu dorso se evidencia.
O comprimento da passada de cada exemplar pode ser comparada com o comprimento da passada dos outros exemplares etc. É, também, quando alguns apresentadores confundem a análise comparativa da movimentação com competição de velocidade e tentam correr mais, às vezes um exemplar com boa amplitude de passada fica prejudicado porque, para correr, precisou aumentar a freqüência das passadas e, como conseqüência, reduzir o tamanho do passo.

A Preparação do Cão Para a Exposição
Sabendo o que se pede, é relativamente fácil preparar seu cão para ser exibido numa exposição.
Atenção - nenhum cão poderá apresentar-se em Exposições de Estrutura e Beleza com coleiras de grampo (espinhos). O cão será desclassificado.

O treinamento:
Exame preliminar - qualquer que seja a raça, o cão deverá estar treinado para se deixar tocar de tal maneira que o Árbitro possa sentir sua estrutura, verificar a dentadura e, no caso dos machos, os testículos.

Exame em stay (parado) o cão deve estar treinado para permanecer imóvel, em posição anatômica, durante, pelo menos, três minutos para permitir a observação do árbitro.

Exame em movimento o cão deve movimentar-se a trote, em linha reta, na direção que o árbitro orientar sem demonstrar ansiedade, agressividade ou nervosismo.

Exame em conjunto com outros cães da mesma forma o cão deverá se apresentar sociável sem aceitar provocações de outros cães e, principalmente, sem provocar.

O toucador:
Cães de pêlo curto (bóxer, doberman, mastife, pinscher etc.) devem apresentar-se asseados, dentes limpos (sem tártaro), pelagem brilhante, unhas aparadas e isentos de cheiros desagradáveis.

Cães de pêlo médio (collie, golden retriever, setter etc.) além dos quesitos dos de pelo curto, devem estar escovados e com o pêlo desengordurado. Se o padrão indicar tosa, devem estar tosados de acordo com o descrito no padrão.

Cães de pêlo longo (lhasa apso, poodle, maltês, bichon frisée etc.) além dos quesitos dos de pelo curto, devem estar escovados, com o pêlo desengordurado e tosados de acordo com o descrito no padrão.

O apresentador o cão poderá ser apresentado por um handler profissional, amador ou pelo seu proprietário. Em qualquer dos casos o apresentador deverá respeitar o Árbitro, os organizadores do evento e seus colegas de competição com uma atitude esportiva qualquer que seja o resultado.

O Árbitro é a autoridade máxima dentro da pista de julgamento e suas decisões deverão ser respeitadas, pois os resultados são indiscutíveis e irrecorríveis.

Dúvidas e Reclamações quaisquer dúvidas ou reclamações deverão ser dirigidas à superintendência da Exposição.

Assim, uma Exposição Canina, ao invés de ser considerada uma frescura, é uma oportunidade para você escolher a raça, a pelagem, o porte, e o temperamento do cão que irá conviver com você na mesma casa pelos próximos 10 a 12 anos.

 

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