O Cão nobre do
Alcorão |
SALUKI |
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Os
poetas persas diziam que o Saluki era "antigo como o tempo e rápido como o
instante". Isso porque o Saluki, cão real do Egito, talvez seja a mais
antiga das raças domesticadas conhecidas conhecidas, com tipo e raça distintos
desde 329 AC, quando Alexandre, o Grande, invadiu a Índia.
Dizem até que é tão
antigo quanto a mais remota das civilizações. Descendente, provavelmente, do
antigo Lebrel Egípcio, animais semelhantes ao Saluki foram encontrados
mumificados em tumbas egípcias de 2100 AC.
A palavra Saluki
(proveniente de uma cidade árabe desaparecida, Saluk), vem do árabe clássico
e significa El Hor (o nobre). Tal denominação não era em vão. Uma
lenda árabe diz que, de acordo com o Alcorão (livro sagrado do Islamismo), o cão
era tido como animal impuro, sujo (O Cão e as
Religiões). Entretanto, por razões desconhecidas, o Saluki
fugia a esse "preconceito". |
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E mais: gozava de tantas regalias
quanto qualquer príncipe da região, sendo considerado uma verdadeira dádiva de
Alá. Esse cão jamais poderia ser comercializado e tinha a "honra" de poder
adentrar nas tendas dos sheiks árabes e dormir em seus valiosos tapetes, ao lado
de sua companhia.
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O
habitat do Saluki compreendia toda a região do Mar Cáspio ao Saara, incluindo
Egito, Arábia, Palestina, Síria, Mesopotâmia e Pérsia. Foram levados para a
Inglaterra em 1840, então conhecidos como Greyhounds Persas.
Mas o interesse
pela raça só surgiu em 1895, quando Florence Amherts importou exemplares da Arábia,
provenientes dos canis do príncipe Abdullah, da Transjordânia.
Originalmente, o
Saluki era empregado pelos árabes na perseguição à gazela e na caça a
chacais, raposas e lebres, já que o cão é dotado de grande velocidade sendo
capaz de alcançar até 45 km/h e de excelente visão. |
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